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“É só não comprar”, diz Bolsonaro sobre críticas de Lula ao armamento

Mais cedo, petista criticou as medidas de posse e porte e afirmou que o país precisa de empregos para a população, não de armas

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1 de 1 bolsonaro armas decreto - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) rebateu nesta quarta-feira (10/3) as declarações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que, mais cedo, criticou as medidas do governo federal em favor do armamento da população. Como resposta, o atual chefe do Executivo federal disse que “é só não comprar”.

“Olha, se não quiser, é só não comprar. […] É um direito não comprar. Tem coisa que eu não gosto e você gosta, mas eu não quero proibir de você comprar isso daí. Agora, a arma em um país, onde um lado está armado, a bandidagem, ela ajuda você a ter uma segurança dentro de casa para quem tem a posse de arma de fogo. Para quem tem porte, ajuda numa segurança externa”, disse Bolsonaro.

Em fevereiro, Bolsonaro editou quatro decretos que flexibilizam o uso e a compra de armas de fogo no país. Em linhas gerais, os decretos retiram do Exército a fiscalização da aquisição e do registro de alguns armamentos, máquinas para recarga de munições e acessórios; aumentam o limite máximo para a aquisição de armas de uso permitido pela população civil; e autorizam as pessoas que têm porte a conduzir simultaneamente até duas armas.

Bolsonaro lembrou que, em 2019, o Congresso Nacional aprovou o porte estendido para o homem do campo e disse que a medida “colaborou” para que as invasões de terra diminuíssem.

“Não assistimos mais invasão de terra por parte do MST do Lula. Então esse pessoal do Lula que nada produz, nada faz, a não ser levar o terror ao campo, não fez invasão de terra no ano passado”, declarou.

“Agora, o Lula, quando anda por aí, anda armado. Assim como eu, não tô armado aqui, mas tenho toda minha segurança armada, né. Ele poderia dar exemplo e deixar de andar com segurança armado por aí”, completou.

A flexibilização no uso e na compra de armas foi uma das principais promessas de campanha do presidente e uma das causas defendidas por ele em pouco mais de dois anos de mandato.

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Bolsonaro quando sofreu o atentado, em 2018
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