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“É muita bronca”, diz Alcolumbre sobre farra dos cartões corporativos

Presidente do Senado, apesar de não ter tido acesso à auditoria da casa, diz que caso é sério e promete investigar gastos indevidos

atualizado

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Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
DAVID ALCOLUMBRE
1 de 1 DAVID ALCOLUMBRE - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

As investigações sobre a farra dos cartões corporativos usados por servidores do Senado Federal devem ganhar novo fôlego com a atenção do presidente recém-eleito da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

O esquema de gastos, que pouco ou nada tem a ver com a atividade parlamentar, revelado pelo Metrópoles, mostrou que as despesas subiram mais de 280% em três anos e servidores, mesmo sem mandato eletivo, compraram até suplementos alimentares para esportistas, como whey protein.

Questionado pela reportagem, durante café da manhã com jornalistas na residência oficial do Senado, Alcolumbre se mostrou preocupado com a situação, apesar de alegar não ter acessado investigações internas sobre o assunto. Em outubro do ano passado, uma auditoria feita pela corregedoria mostrou gastos incompatíveis com o objetivo dos cartões. “Não vi isso [auditoria] ainda, mas é muito sério. É muita bronca ao mesmo tempo”, disse, ao comentar o assunto.

Pelo regimento do Senado, o uso deve ser restrito a “situações nas quais não seja possível ou recomendável submeter a aquisição ao processo de licitação”. Contudo, 46 servidores usaram os recursos para custear whey protein, mix de castanhas e chocolate fit, além de flores, almoços de luxo e sabonete líquido.

O servidor que receber suprimento de fundos é obrigado a prestar contas de sua aplicação, “sujeitando-se à tomada de contas especial se não o fizer nos prazos fixados”. O uso indevido é passível de ressarcimento.

Mesmo com a apuração do caso, o Senado não respondeu quanto e se o dinheiro gasto pelos servidores foi devolvido, tb não disse se houve consequências administrativas além do ressarcimento.

Apuração e farra
O novo presidente do Senado informou, via assessoria de imprensa, que irá investigar as possíveis irregularidades no uso de cartões. “Estamos apurando de forma correta e transparente todas as denúncias”, informou a assessoria de imprensa do senador, na tarde de segunda-feira (18/2).

Em 2018, os cartões – também conhecidos como suprimentos de fundos – bancaram almoços de luxo em restaurantes de alto padrão no Distrito Federal. O Metrópoles mostrou, ainda, que o mordomo da residência oficial do presidente do Senado gastou, durante as presidências de Eunício Oliveira (MDB-CE) e Renan Calheiros (MDB-AL), até R$ 210 mil por ano com alimentos e produtos de limpeza para a mansão.

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