metropoles.com

É melhor que reforma da Previdência seja aprovada agora, diz Meirelles

O ministro defende reforma da Previdência como algo essencial para a economia brasileira e para sustentabilidade das contas públicas do país

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Daniel Ferreira/Metrópoles
Ministros do governo Michel Temer – Brasília – DF 12/05/2016
1 de 1 Ministros do governo Michel Temer – Brasília – DF 12/05/2016 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, voltou a defender a aprovação da reforma da Previdência como algo essencial para a economia brasileira e para sustentabilidade das contas públicas no país. O ministro participou nessa sexta-feira (13/9), do evento Brazil Economic Conference 2017, em Washington, nos Estados Unidos. Ele, contudo, durante a sua apresentação não mencionou prazos para aprovação do projeto. “A reforma da Previdência é necessária e vai ocorrer no Brasil em algum momento”, disse. Contudo, ele frisou que seria “melhor para todos” que a reforma seja aprovada agora.

Meirelles também disse que há uma “longa lista” de reformas que ajudarão a elevar a produtividade. “A produtividade está em curso de elevação”, sustentou. Sobre o Teto de Gastos, reforma aprovada no ano passado e já em vigor, o ministro estimou que deve reduzir as despesas do governo de 25% para 15% do Produto Interno Bruto (PIB) em 10 anos.

O ministro ainda voltou a projetar que o PIB deve crescer 2,7% no quarto trimestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado e 3,2% em termos anualizados. “A principal prioridade agora é sustentar a força do crescimento”, defendeu.

Durante a apresentação, Meirelles afirmou que a combinação das políticas monetária e fiscal está trazendo o Brasil de volta à normalidade econômica. Segundo Meirelles, a administração atual está mudando a governança do País desde que assumiu, no ano passado. “Mudamos e reconquistamos a credibilidade na política monetária.”

Ele citou, como exemplo, o baixo nível da inflação atual, que, em 12 meses até setembro acumula 2,54%, ressaltando que a taxa está dois pontos porcentuais abaixo do centro da meta, de 4,5%. Além disso, lembrou que a taxa de juros real ‘ex ante’ (indica o que os agentes econômicos desejam ou esperam fazer) é “uma das mais baixas da história”. “Temos fatores que estão elevando o crescimento e estimulando investimentos”, completou.

Do ponto de vista fiscal, o ministro afirmou que o programa de investimentos com o setor privado é diferente do feito no passado. “Agora temos justa e aberta competição de mercado em programa de infraestrutura. Juros de longo prazo tinham subsídios que distorciam o poder da política monetária”, disse, referindo-se à Taxa de Juros de Longo Prazo (TLJP), que vai ser substituída pela Taxa de Longo Prazo (TLP) nos financiamentos do BNDES a partir de 2018.

Meirelles também disse que o governo está buscando a sustentabilidade fiscal no âmbito federal e nos Estados, citando que a reforma da Previdência ajudará a abrir espaço fiscal. “Precisamos manter proteção social para aqueles que realmente precisam”, argumenta. “O primeiro programa social é criar empregos. Com o ajuste fiscal, o governo poderá investir mais em educação e treinamento profissional”, completou.

O ministro também mencionou o envio do projeto que propõe mudanças na lei de falências e recuperação judicial de empresas ao Congresso como mais uma iniciativa do governo com o objetivo de melhorar a economia e o ambiente de negócios brasileiro. “A recuperação judicial é uma parte importante da recuperação da economia.” Meirelles ainda afirmou que o governo está buscando reduzir as barreiras ao comércio internacional.

Eletrobras
Durante o Brazil Economic Conference 2017, o ministro afirmou ainda que é viável que a privatização da Eletrobras ocorra no ano que vem. “Temos cuidado para fazer o melhor processo de privatização possível para o País”, disse.

Segundo o ministro, já há empresas investindo no País. “Devemos ficar otimistas sobre o Brasil.” Ele mencionou ainda que tem ouvido de investidores de várias partes do mundo uma maior confiança no Brasil. “É o que escuto de investidores em Nova York, Londres e Washington”, reforçou.

PIS Cofins
Meirelles afirmou também que não é recomendado elevar a alíquota do PIS/Cofins para compensar a retirada do ICMS da base de cálculo do imposto, que foi decidida pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “Não é recomendado porque os impostos sobem quando o PIB aumenta, devido à elasticidade”, completou.

De acordo com os cálculos da área econômica, a decisão do STF fará com que o governo tenha uma perda de R$ 20 bilhões a R$ 50 bilhões por ano. Uma das alternativas para compensar essa perda nas receitas do ano que vem é o aumento das alíquotas dos dois tributos.

Sobre 2018, o ministro ainda disse que, com a inflação baixa, os juros em queda e os investimentos estimados, o próximo ano e a próxima década serão “notáveis”.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?