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É bobagem achar que governo Bolsonaro é militarizado, diz general Heleno

Levantamento do TCU identificou 6.157 militares da ativa e da reserva em cargos civis no governo. Defesa considera apenas da ativa 3.029

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Ausguto heleno
1 de 1 Ausguto heleno - Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, general Augusto Heleno, disse nesta segunda-feira (20/7) que é uma “bobagem” achar que o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é militarizado.

De acordo com um levantamento do Tribunal de Contas da União (TCU), foram identificados 6.157 militares da ativa e da reserva em cargos civis no governo. O número é mais que o dobro do que havia em 2018, no governo Michel Temer (2.765).

O Ministério da Defesa, por outro lado, apresentou números apenas dos militares na ativa: 3.029, sendo 1.832 do Exército, 688 da Aeronáutica e 509 da Marinha.

“É outra bobagem achar que o governo Bolsonaro é um governo militarizado, não tem nada disso. Nós entramos no governo já sem farda e aqueles que chegaram, ainda na ativa, ficam completamente desligados. No momento que um militar, mesmo estando na ativa, se desliga da sua força, ele é completamente esquecido em termos de decisão que essa força vá tomar. Ele vai ser participante do governo e deixa de ser um integrante da força no governo”, afirmou Heleno, durante entrevista à rádio Jovem Pan.

Na entrevista, o ministro disse que não existe uma “ala militar” no governo e que não há motivos para se preocupar com isso. Segundo ele, “o aproveitamento do militar no governo é uma atitude inteligente”.

“A participação de militares no governo é uma decisão inteligente do presidente Bolsonaro. O Brasil investe muito nos seus militares. É interessante que esse conhecimento seja aproveitado. Nós não somos melhores do que ninguém, mas nós temos uma oportunidade e o país pode usar isso muito bem”, disse.

Militares em cargos do governo

O presidente Jair Bolsonaro é capitão reformado do Exército e o vice-presidente, Hamilton Mourão, é general da reserva.

Apesar de Heleno ter afirmado que o governo Bolsonaro não é militarizado, o próprio presidente já disse que montou uma gestão militarizada.

Abaixo, veja os militares que compõem o primeiro escalão do governo:

  • Casa Civil: Walter Souza Braga Netto (general do Exército);
  • Ciência e Tecnologia: Marcos Pontes (tenente-coronel da Aeronáutica);
  • Defesa: Fernando Azevedo e Silva (general do Exército);
  • Gabinete de Segurança Institucional: Augusto Heleno (general da reserva do Exército);
  • Minas e Energia: Bento Albuquerque (almirante da Marinha);
  • Saúde (interino): Eduardo Pazuello (general do Exército);
  • Secretaria de Governo: Luiz Eduardo Ramos (general da reserva do Exército);
  • Secretaria-Geral: Jorge Oliveira (major da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal).

Além disso, os ministros Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União) foram alunos da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), que forma oficiais do Exército. No entanto, após passarem em concursos públicos de carreiras civis, os dois deixaram a rotina militar.

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Presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta
Teich entrou em conflito com Bolsonaro e pediu demissão
Ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello
Em 2022, a farmacêutica Pfizer e o Ministério da Saúde iniciaram negociações para avaliar a compra do medicamento Paxlovid  para a rede de saúde brasileira
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