metropoles.com

Doria: “O Brasil precisa discutir quem será o fiador das mortes”

Ao lado do prefeito da capital, governador de São Paulo dá declarações duras contra postura do governo federal de afrouxar isolamento

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução
João Doria, governador de SP
1 de 1 João Doria, governador de SP - Foto: Reprodução

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), fez um pronunciamento duro, na tarde desta sexta-feira (27/03), contra o afrouxamento da política de isolamento social abrangente para enfrentar o avanço do novo coronavírus. A análise teve alvo certo, embora o tucano não tenha citado o nome do hoje desafeto: o presidente Jair Bolsonaro. “O Brasil precisa discutir quem será o fiador das mortes”, afirmou Doria, que vem às turras com Bolsonaro desde a terça-feira (24/03), quando o presidente fez um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV defendendo o fim do que chamou de “confinamento em massa”.

O governador paulista reage a novas declarações de Bolsonaro criticando “uns poucos governadores” que teriam “errado na dose” das medidas de contenção. O chefe do Executivo federal vem, desde a noite de terça-feira, renovando a defesa do chamado isolamento vertical – apenas de idosos e pessoas de grupos de maior risco (como hipertensos, cardiopatas, diabéticos e pessoas com outras doenças crônicas).

Doria acredita que o afrouxamento do isolamento neste momento, em que os casos no país estão em plena escalada, provocaria, inevitavelmente, uma explosão de mortes pela Covid-19, como defendido por uma série de especialistas em saúde e sinalizado pelo comportamento do contágio em diferentes países do mundo.

Bolsonaro insiste que “crise econômica é pior do que o coronavírus”, porque “saúde sem emprego” é demagogia, e insiste que haverá muito mais mortes com “caos social” gerado pelos impactos econômicos do que com a Covid-19. E tem conseguido adesão de aliados, como dos governadores de Santa Catarina, Mato Grosso e Rondônia, que já anunciaram afrouxamento, ou mesmo fim da quarentena, e retomada das atividades econômicas.

Doria também citou essa avaliação, alfinetando que nem ele nem o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, colega de PSDB, trabalham “com futurologia”, mas com dados técnicos e orientações científicas.

No meio dessa troca de farpas – que avança até acusações diretas –, tanto o presidente quanto o governador paulista têm repetido que “não é hora de politicagem” e ambos repetem a tese de que “só com união” se poderá avançar no combate à crise do coronavírus. Resta saber onde estará esse ponto de convergência.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?