Doria diz que concorreria à Presidência se fosse escolhido pelo PSDB
A declaração de Doria foi, até o momento, a afirmação mais clara do tucano admitindo que está de olho nas eleições do ano que vem
atualizado
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O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta terça-feira (16/5) que concorreria à Presidência da República se for escolhido pelo PSDB nas prévias, informa a agência de notícias Bloomberg. Perguntado se aceitaria concorrer ao cargo pelo partido durante uma visita ao prédio da empresa, em Nova York, o prefeito respondeu: “respeitando a democracia, por que não?”.
A declaração de Doria foi, até o momento, a afirmação mais clara do tucano admitindo que está de olho nas eleições do ano que vem. O nome de Doria aparece em pesquisas de intenção de voto superando seu padrinho político e outro virtual candidato do partido ao cargo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB).
Já em conversa com a imprensa, Doria destacou que tem com o governador muita harmonia de ações, pontos de vista e princípios. “Eu e o governador somos pessoas de bem e estamos no mesmo campo da defesa institucional”, destacou. “Eu e o governador não estamos disputando nada. Temos tempo pela frente para tratar de candidatura para presidente.”Doria reiterou que ambos possuem “sentimento igual” sobre a importância da realização de prévias no PSDB e apontou que “talvez, mas não necessariamente”, o próximo candidato do PSDB será um político paulista. “São circunstâncias.” Ao ser questionado se poderia ser candidato a presidente em 2022, ele sorriu e respondeu que “não pode ultrapassar o limite de velocidade”. “Tudo a seu tempo”, afirmou. Doria disse, ainda, que está “gostando de ser prefeito, mais do que ser político”.
Doria e Alckmin estão em Nova York nesta semana. Na segunda-feira (15/5), o prefeito afirmou que o candidato do PSDB para presidente da República será aquele com a melhor posição na opinião pública para vencer o PT e o Lula. Já Alckmin marcou posição e reforçou seu interesse em ser candidato. “Estou preparado”, disse. Nesta terça-feira (16/5), o governador procurou afastar os comentários de incômodo com o desempenho e as declarações do afilhado político. “Ninguém vai conseguir (fazer) eu e o João Doria nos distanciarmos”, destacou.