Doria critica Queiroga, novo ministro da Saúde: “Começou muito mal”
O governador de São Paulo afirmou que o alto número de mortes pela Covid-19 é resultado de uma “má gestão da saúde” durante a pandemia
atualizado
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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), criticou nesta quarta-feira (17/3) a postura do novo ministro da Saúde, o cardiologista Marcelo Queiroga. Indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o médico tem mostrado alinhamento com as questões ideológicas do chefe do Executivo.
“Começou muito mal. Um ministro da Saúde que, como cardiologista, assume o Ministério da Saúde e diz que quem manda é o presidente da República, que não é médico. Já é um mau início, um mau presságio. É mais alguém que prefere fazer vassalagem ao presidente, notoriamente um negacionista, em vez de fazer aquilo que ele aprendeu na medicina”, disse Doria.
Para o governador, os recordes de mortes causadas pela Covid-19 que o país vem atingindo nas últimas semanas se devem a uma má gestão da saúde durante a pandemia.
“Isso se deve à falta de coordenação nacional, falta de uma política de saúde, falta de orientação correta à população sobre uso de máscaras, distanciamento e isolamento daqueles que representam os grupos de risco”, falou.
O governador fez um apelo por mais vacinas contra o coronavírus para o país, ao acompanhar a liberação de um lote de 2 milhões de doses da Coronavac. “Eu espero que o novo Ministro da Saúde compreenda e priorize isso, e ofereça, com segurança, a entrega de mais vacinas para a imunização de mais brasileiros”, afirmou.
As imunizações serão entregues ao PNI (Programa Nacional de Imunizações) do Ministério da Saúde para serem distribuídas proporcionalmente entre os estados. Somente o estado de São Paulo, o mais populoso, fica com cerca de 22% do total de vacinas.