Doria a Bolsonaro: “Não transforme a crise em palanque político”
O governador de São Paulo afirmou que o presidente deve liderar o país e não conflagrar o Brasil com decisões de forma intempestiva
atualizado
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O governador de São Paulo, João Doria, afirmou, nesta quarta-feira (25/03), que as atitudes do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), são “intempestivas”. Ele ainda pediu que o chefe do Executivo não transforme a crise do coronavírus em “palanque político”.
“Não politize a questão. Não transforme isso em palanque político. Estamos preocupados em salvar vidas”, disse.
Doria ainda dedicou uma reflexão a Bolsonaro: “Eu queria dedicar ao presidente uma reflexão, para ele, que é presidente, e devia liderar o Brasil e não conflagrar o país”, começou.
“Não pode haver fronteira entre a solidariedade e o amor ao próximo. Lidere o seu país, lidere o seu povo com o coração aberto”, pediu o governador de São Paulo.
Doria afirmou que “está empenhado em “proteger vidas”. Segundo ele, haverá uma reunião, por videoconferência, entre os governadores, para falar sobre medidas de prevenção contra o coronavírus.
Caiado
Doria iniciou a coletiva cumprimentando o governador de Goiás, Ronaldo Caiado. Mais cedo, o político rompeu com o presidente Jair Bolsonaro, afirmando que as iniciativas do governo federal não chegarão ao estado.
“Quero cumprimentar o meu colega Ronaldo Caiado pela firmeza, pela decisão correta, pela forma e pela postura em defesa da vida. Ele é médico e, nesta condição, ao fazer uma opção pela medicina, sabe que é preciso proteger a vida das pessoas”, falou Doria.
Novas medidas
O estado vai transferir R$ 55 reais mensais às famílias mais vulneráveis, que serão usados para a alimentação. Segundo o governador de São Paulo, o Programa Merenda em Casa vai beneficiar 700 mil alunos da rede pública estadual.
“Um investimento de R$ 40,5 milhões por mês. A medida vai perdurar enquanto as aulas forem suspensas. O valor é suficiente para comprar uma cesta básica”, disse.
O governo de SP também vai antecipar a vacinação da gripe para policiais militares, bombeiros, polícia científica e do sistema prisional. “Nós aqui não tomamos medidas precipitadas, mas fundamentadas. Nosso dever é proteger vidas”, finalizou.