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Dodge sinaliza que poderá continuar na PGR se Bolsonaro a indicar

Prazo de candidaturas se encerrou na semana passada e procuradora-geral não apresentou seu nome. Mandato termina em setembro

atualizado

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alcolumbre, bolsonaro e raquel dodge
1 de 1 alcolumbre, bolsonaro e raquel dodge - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, sinalizou estar disponível a continuar no cargo caso seja um desejo do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). Raquel já anunciou que não se candidatará à reeleição, mas explicou, neste sábado (18/05/2019), que se fosse indicada por Bolsonaro teria uma posição “bastante tranquila”.

“Continuo a serviço da minha instituição e do meu país”, afirmou, após participar em Londres do Brazil Forum UK, congresso anual realizado por estudantes brasileiros da London School of Economics (LSE) e da Universidade de Oxford. O momento atual, segundo ela, é o de respeitar a decisão que será tomada e que, de acordo com Dodge, seja boa para o país.

A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) encerrou na última quarta-feira (15/05/2019) o prazo para integrantes do Ministério Público se inscreverem como candidatos ao cargo de procurador-geral da República e Raquel não se candidatou. Seu mandato atual termina em setembro.

Indicada para o cargo em 2017 pelo então presidente Michel Temer, Raquel Dodge poderá ser reconduzida para um novo mandato de dois anos caso seja indicada por Bolsonaro, já que o presidente não é obrigado a escolher algum dos nomes dos candidatos. A nova eleição acontece no dia 18 de junho. Deputados do Centrão defendem que Dodge continue no cargo e temem um possível nome “linha-dura” de Bolsonaro.

Coaf
Dodge também falou sobre a transferência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Justiça para o Ministério da Economia. Raquel disse acreditar que mesmo em outro ministério continuará a ser instrumento importante contra a corrupção.

Para ela, o ator mais importante a se pronunciar sobre essa questão é o Congresso Nacional. “O Coaf poderia ser mais eficiente estando em outro ministério? Poderia. Mas acho que vai continuar dando a resposta necessária onde quer que esteja para que os atores do sistema de Justiça possam fazer as investigações decorrentes”, afirmou.

Na opinião da procuradora, o órgão estaria mais bem instalado na pasta da Justiça porque teria mais aporte estrutural e mais foco dentro das questões que estão ligadas ao combate à corrupção. “Mas nada do que uma boa conversa com o ministro da Economia [Paulo Guedes] não possa resolver”, considerou.

Não há dúvidas, de acordo com Raquel, de que o mais importante feito até agora tenha sido a criação do Coaf, um conselho destinado a lutar contra a corrupção. Ela disse, porém, ver com cautela mudanças de instrumentos jurídicos ou de diminuição do papel de instituições que combatem a corrupção. “Se a proposta fosse extinguir o Coaf, aí eu estaria preocupadíssima”, disse.

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