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Do traje à faixa presidencial. Confira curiosidades sobre a posse

Com cerimônia cheia de ritos tradicionais, Jair Bolsonaro (PSL) assume o comando do país nesta terça-feira (1º)

atualizado

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Brasília(DF), 23/12/2018, Ensaio da Posse presidencial  2019. Local: Praça dos 3 Poderes. Foto: Filipe Cardoso/Especial para o Metrópoles
1 de 1 Brasília(DF), 23/12/2018, Ensaio da Posse presidencial 2019. Local: Praça dos 3 Poderes. Foto: Filipe Cardoso/Especial para o Metrópoles - Foto: null

A cerimônia de posse do presidente da República é sempre rodeada de curiosidades. Ritos tradicionais, como a entrega da faixa presidencial, a vestimenta do chefe do Executivo nacional, o carro utilizado no desfile e a preparação dos guardas de honra carregam significados maiores em suas entrelinhas. Confira algumas peculiaridades sobre o evento que marca o início dos quatro anos de mandato de Jair Messias Bolsonaro (PSL) no comando do país.

Com esquema de segurança inédito, o capitão da reserva tomará posse em 1º de janeiro de 2019 e passa a ser o dono do mais alto posto da nação. O evento conta com quatro etapas, começando à tarde com desfile em carro oficial – a expectativa é de que o próximo mandatário do Brasil mantenha a tradição e use o Rolls-Royce. O cortejo está previsto para começar às 14h25, em frente à Catedral Metropolitana de Brasília.

De lá, Jair Bolsonaro e a futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro, seguem até o Congresso Nacional, onde o militar da reserva do Exército Brasileiro, de fato, será empossado no cargo. Na sequência, ele tem como destino o Palácio do Planalto, onde receberá a faixa presidencial e fará seu primeiro discurso. À noite, o futuro presidente oferecerá um coquetel a convidados no Palácio do Itamaraty.

Confira os fatos mais curiosos da solenidade: 

A faixa presidencial
Instituída em 1910, por um decreto assinado pelo então presidente da República, Hermes da Fonseca, a faixa presidencial tem um significado importante: é um símbolo de poder entregue ao chefe do Executivo federal. O adereço passou por muitas modificações em seus 108 anos de existência. Como é confeccionada em seda, é normal que a faixa sofra desgastes ao longo do tempo.

Ela chegou a mudar de tamanho: inicialmente, tinha 15 cm de largura. Agora, possui 12,5 cm. O brasão da República estampado na faixa é bordado com detalhes em ouro – bem como as franjas do acessório. A riqueza ainda emana de um broche, localizado na extremidade do adereço, que possui 18 k, cravejado com 21 brilhantes. A faixa, que Bolsonaro receberá das mãos do atual presidente, Michel Temer, deve ser usada na posse e em datas festivas – quando não estiver em uso, é mantida em um cofre.

Reprodução/Twitter

Traje a rigor
“A primeira impressão é a que fica”, diz o ditado. Com base nessa afirmação, Bolsonaro decidiu a roupa que irá vestir no dia da posse: um terno azul-marinho, confeccionado em tecido italiano 150 fios, com detalhes em verde e amarelo bordado na gola, e uma camisa branca para complementar o traje. A escolha foi do próprio presidente eleito, que preferiu algo mais simples. De acordo com o alfaiate Santino Gonçalves, a vestimenta custaria R$ 2.980, porém, o profissional decidiu presentear Bolsonaro com o terno da posse.

Confira o vídeo de Bolsonaro experimentando o terno da posse: 

 

O traje a ser usado no dia da posse fica a critério do presidente. Em 2015, por exemplo, Dilma Rousseff optou por um look mais clássico. Com maquiagem leve, brincos de pérola e cabelo bem feito, a petista preferiu usar uma renda em tom nude – trabalho assinado pela estilista gaúcha Juliana Pereira.

Desfile presidencial
O Rolls-Royce modelo Silver Wraith, chassi número LALW 29, é o carro oficial para cerimônias de posse presidencial no Brasil desde 1956. Caso o conversível inglês fabricado em 1953 seja escolhido para transportar o futuro presidente da República, Jair Bolsonaro, em 1º de janeiro, mantém-se uma tradição: todos os presidentes eleitos, desde quando o veículo chegou ao país, utilizaram o automóvel palaciano no dia em que receberam a faixa presidencial. O futuro titular do Executivo nacional também pode optar por um veículo fechado.

O carro, que tinha como antigo dono o ex-presidente Getúlio Vargas, é propriedade do governo federal e fica guardado no Palácio do Planalto. O veículo, com capacidade de embarque de até sete pessoas, era usado pelo antigo mandatário para deslocamentos entre o Palácio do Catete e sua residência, ambos localizados no Rio de Janeiro.

O carro retirado das dependências do Planalto nos dias 23 e 30 de dezembro, para ensaios da posse de Bolsonaro, foi usado oficialmente pela última vez pela ex-presidente Dilma Rousseff, que sofreu impeachment em março de 2016. Durante seu mandato, a placa do carro exibia a inscrição “Presidenta”. Após ser substituída por Michel Temer, a descrição foi alterada para “Presidente”.

Além dos chefes do Executivo, desfilaram no Rolls-Royce personalidades como o astronauta Yuri Gagarin, a rainha Elizabeth II e a miss universo Ieda Maria Vargas.

Dragões da Independência
Os Dragões da Independência são uma unidade militar ligada ao Regimento de Cavalaria do Exército. A função é fazer a guarda de honra e a segurança do presidente da República, embora esse papel seja basicamente simbólico, pois há uma equipe própria de segurança para escoltar Jair Bolsonaro.

Fiéis à tradição e às pompas imperiais, os Dragões até hoje usam um fardamento típico do século 19, em branco e vermelho – as cores da antiga cavalaria portuguesa. O regimento costuma se apresentar e fazer demonstrações de destreza em festas cívicas. No caso da posse presidencial, os Dragões da Independência fazem um desfile mais discreto ao lado do presidente.

Valter Campanato/Agência Brasil


Segurança reforçada
De forma inédita, o esquema de segurança da posse presidencial será reforçado para escoltar Bolsonaro. Além de ter sido alvo de ataque à faca enquanto cumpria agenda de campanha eleitoral em setembro, em Juiz de Fora (MG), o presidente eleito sofreu recentemente ameaça de atentado de suposto grupo terrorista, o que mobilizou órgãos de inteligência do país para averiguar a veracidade dos fatos.

Uma das estratégias adotadas pelas Forças Armadas para assegurar que as cerimônias da posse transcorram de forma satisfatória é o monitoramento aéreo, que ficará sob a responsabilidade da Força Aérea Brasileira (FAB). Doze bases para lançamento de mísseis antiaéreos serão espalhadas pela Esplanada dos Ministérios e os armamentos poderão ser usados para abater aeronaves consideradas hostis e que porventura invadam o espaço aéreo delimitado como zona de segurança.

Outra ação planejada, mas desta vez pela Marinha do Brasil, é a limitação de atividades de navegação no Lago Paranoá – um dos cartões postais de Brasília. De acordo com o segmento militar, a restrição ocorrerá entre 30 de dezembro e 2 de janeiro.

MICHAEL MELLO/METRÓPOLES

Quem comparecer ao evento para prestigiar Bolsonaro será submetido a revistas rigorosas. Quatro linhas serão montadas a partir da Rodoviária do Plano Piloto, com fiscalização manual da Polícia Militar (PM). Quanto mais próximo ao Congresso Nacional, mais rígido fica o controle. Atiradores de elite (foto acima) estarão de prontidão no alto dos prédios da Esplanada para agirem em situações extremas.

Alguns itens não poderão ser levados pelos apoiadores do presidente eleito ao ato solene, como guarda-chuva, objetos cortantes, máscaras, carrinhos de bebês, fogos de artifício, bolsas e mochilas. O monitoramento e a coordenação das atividades de segurança estão a cargo do Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob), ligado à Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.

Conheça o cronograma da posse do novo presidente:

14h25 – Em cortejo presidencial, segue da Catedral Metropolitana de Brasília para o Congresso Nacional

14h50 – No Congresso Nacional, Bolsonaro será recebido pelos presidentes da Câmara e do Senado

15h – Início da solenidade de posse no plenário da Câmara dos Deputados

16h – Execução do Hino Nacional

16h20 – Deslocamento do Congresso para o Palácio do Planalto

16h30 – Pronunciamento oficial

17h30 – Nomeação dos ministros

18h15 – Fotografia oficial

18h25 – Chegada ao Itamaraty para receber autoridades

18h30 – Recepção oferecida por Bolsonaro e pela futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro

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