Do presídio, Eduardo Cunha diz que Janot é psicopata e homicida
Ex-presidente da Câmara foi condenado a 15 anos e 4 meses pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão fraudulenta de divisas
atualizado
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Após manifestação de sua defesa, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha comentou as afirmações do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot. Em nota para rebater alegações do livro de Janot, Cunha disse que o ex-PGR é “um psicopata e homicida que não merece respeito.
Na nota escrita em Bangu 8, onde está atualmente detido, Eduardo Cunha diz que Janot teria “ódio pessoal” e teria divulgado “falsas acusações”. Cunha ainda diz que é vítima de “perseguição” comandada pelo ex-PGR.
Na publicação que o ex-procurador-geral pretende lançar em outubro – o livro Nada Menos que Tudo, escrito em colaboração com os jornalistas Jailton de Carvalho e Guilherme Evelin -, Janot diz que foi Cunha, preso pela Lava Jato, o responsável pela invasão de sua casa em Brasília, em 2015.
Nessa quinta-feira (26/09/2019), o antecessor de Raquel Dodge disse à reportagem que, no momento mais tenso de sua passagem pelo cargo, chegou a ir armado para uma sessão do STF com a intenção de matar a tiros o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.
O ex-presidente da Câmara indicou que tanto as afirmações sobre a invasão de sua casa quanto a tratativa de homicídio do ministro do Supremo são absurdas.
Falas esquizofrênicas
Os advogados de Eduardo Cunha já haviam divulgado nota sobre as declarações de Janot. A defesa considerou as falas do ex-PGR “esquizofrênicas” e “irresponsáveis” e argumentaram: “As ilegalidades praticadas contra Eduardo Cunha, à época que ele (Janot) conduziu com o fígado o Ministério Público Federal, violavam princípios básicos como a impessoalidade”.
Eduardo Cunha foi preso em outubro de 2016 após um pedido de prisão preventiva acatado pelo então juiz Sergio Moro.
Em março de 2017, o ex-presidente da Câmara foi condenado a 15 anos e 4 meses de prisão pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão fraudulenta de divisas, em ação na qual é acusado de receber uma propina de 1,3 milhão de francos suíços, fruto da compra de um campo de petróleo na África pela Petrobras. Ele também é réu em outras ações penais.