Do ponto de vista do governo, não existe prorrogação de auxílio, diz Guedes
Segundo ministro, se benefício fosse de R$ 200, como proposto inicialmente pelo governo federal, poderia durar até um ano
atualizado
Compartilhar notícia
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta segunda-feira (23/11) que o governo federal não pretende prorrogar o auxílio emergencial após dezembro.
Em uma videoconferência realizada pela Empiricus, Guedes argumentou que, caso o benefício pago a trabalhadores informais afetados pela pandemia do novo coronavírus fosse de R$ 200, poderia ter duração de até um ano. O valor citado pelo ministro corresponde ao montante inicialmente proposto pela equipe econômica.
“A ideia é que o auxílio emergencial se extingue no final do ano. A economia está voltando forte, a doença está descendo. Eu não estou dizendo duas ou três semanas. Eu estou dizendo, de 1,3 mil, 1,4 mil mortes diárias, a coisa caiu para 300, 250. Agora, parece que voltou para 350. É uma tragédia de dimensões imensas, é terrível essa epidemia que abateu sobre o Brasil […]. Contra evidência empírica, não há muito argumento. Os fatos são que a doença cedeu bastante e a economia voltou com muita força”, declarou.
Guedes disse ainda que existe uma “pressão política” para que o benefício seja prorrogado, mas ressaltou que as ações do Executivo federal serão baseadas em evidências e o governo saberá como reagir em eventual situação de emergência, o que, segundo ele, não está nos planos no momento.
“Do ponto de vista do governo não existe a prorrogação do auxílio emergencial. Evidente que há muita pressão política para isso acontecer. É evidente que tem muita gente falando em segunda onda etc. E nós estamos preparados para reagir a qualquer evidência empírica”, assegurou Guedes.
“Se houver uma evidência empírica, o Brasil tiver de novo mil mortes, tiver uma segunda onda efetivamente, nós já sabemos como reagir, já sabemos os programas que funcionaram melhor”, afirmou o ministro.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil se aproxima das 170 mil mortes e acumula mais de 6 milhões de casos em razão da Covid-19.