Do hospital, Bolsonaro despachará com ministros por videoconferência
Sem febre, sangramento ou sinal de infecção, presidente fez fisioterapia e caminhou por corredores. Ele já voltou ao “zap” com ministros
atualizado
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Enviada especial a São Paulo (SP) – O porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros, informou que a comunicação do presidente Jair Bolsonaro (PSL) com ministros poderá ser feita por videoconferência a partir de quinta-feira (31/1), caso seja necessário. O presidente reassumiu suas funções hoje, mas não teve contato pessoal com membros do alto escalão do governo.
O boletim médico do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde Bolsonaro se recupera da cirurgia para a retirada da bolsa de colostomia, foi divulgado no fim da tarde desta quarta-feira (31/1). Anteriormente, as informações eram passadas também no período da manhã.
Bolsonaro recebeu alta da UTI nesta manhã. Sem febre, sangramento ou sinal de infecção, ele fez fisioterapia (motora e respiratória) e caminhou pelo corredor da unidade de saúde: cerca de 100 metros pela manhã e mais 40 à tarde. Também fez exercícios em bicicleta ergométrica.
O presidente já acompanha o noticiário pela televisão, mas tem restrições para falar e fazer esforços. Às vezes, reclama de dor. “Encontra-se em recuperação plena, mas precisa manter-se descansando um pouco mais. Daí a razão de nós estabelecermos a possibilidade de despachos via videoconferência ou audioconferência. Assim, a partir de amanhã, caso se faça necessário, o presidente estabelecerá os contatos com seus ministros e definirá as diretrizes em relação a Brumadinho e outras ações do governo federal”, esclareceu Rêgo Barros.
Na parte da manhã, o presidente se manifestou em uma publicação no Twitter sobre sua volta à presidência. Segundo o porta-voz, ele também trocou mensagens com membros do governo. “Em tempos de WhatsApp, posso dizer que ele tem despachado por celular”, disse.
Confira o boletim médico desta quarta-feira (30):
190130 Boletim Médico by on Scribd
Procedimento cirúrgico
O procedimento realizado nessa segunda-feira (28/1) foi comandado pelo médico gastroenterologista Antonio Luiz Macedo. Bolsonaro está internado desde sábado (27) e deve permanecer no hospital por mais 10 dias, até sua completa recuperação. Até terça-feira (29), o general Hamilton Mourão comandou o Palácio do Planalto como presidente em exercício.
Ataque
Essa foi a terceira vez que o presidente se submeteu a procedimento cirúrgico desde que levou uma facada na barriga, no dia 6 de setembro de 2018. Atingido no intestino, Jair Bolsonaro teve de usar bolsa de colostomia.
O atentado aconteceu durante agenda da campanha presidencial em Juiz de Fora (MG). Adélio Bispo, responsável pelo crime, foi preso minutos depois e está detido no presídio federal de segurança máxima de Campo Grande (MS).