Diretor da PF e Maia discutem reforma da Previdência com deputados
O presidente da Câmara recebeu Fernando Segovia na residência oficial. O encontro teve a presença de vários parlamentares
atualizado
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A reunião entre o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o novo diretor-geral da Polícia Federal (PF), Fernando Segovia, contou com a presença “surpresa” de diversos deputados e lideranças partidárias. O encontro foi nesta terça-feira (28/11) na residência oficial da Câmara dos Deputados, no Lago Sul. A princípio, na pauta do dia constava um café da manhã entre os dois, mas, a partir das 8h30, a movimentação aumentou e muitos parlamentares chegaram ao local.
O relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Maia (PPS-BA), foi um dos primeiros a chegar e não falou com a imprensa. Também estiveram na reunião Efraim Filho (DEM-PB), Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), Marcos Montes (PSD-MG), Pauderney Avelino (DEM-AM), Carlos Sampaio (PSDB-SP) e José Carlos Aleluia (DEM-BA).
Questionados sobre o que iriam tratar na reunião, os parlamentares se esquivaram e disseram ter sido convocados por Maia. Na saída, Pauderney Avelino, líder do DEM na Câmara, quebrou o silêncio e disse que o assunto foi a reforma da Previdência, descartando temas como foro privilegiado e abuso de autoridade.“Precisamos resolver o problema das contas públicas, caso contrário, não teremos como arcar com os custos com os aposentados. Hoje, ouvimos as demandas dos policiais e integrantes do PSDB que vêm questionando a idade mínima para aposentadoria”, expôs o deputado.
Ao sair da reunião, o diretor da PF contou que foi até Maia para defender os direitos dos policiais na reforma. “Discutimos, diante da proposta no Congresso Nacional, quais seriam os anseios dos policiais, especialmente da PF. Estamos lutando pelo nosso direito à aposentadoria. O policial, ao longo de sua carreira, sofre muito. Nós vemos diversos policiais mortos em combate. Perder direitos nesse momento seria péssimo”, disse Segovia ao abraçar a pauta dos sindicatos.
O diretor da PF afirmou ainda que está tentando um “equilíbrio” com o presidente da Câmara em relação à idade mínima de aposentadoria do policiais. “Estou defendendo os direitos dos policiais, como tempo de aposentadoria, integralidade e paridade, que são direitos fundamentais para o exercício da profissão”, finalizou.