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Diretor da CIA teria pedido para Bolsonaro parar de questionar eleição

Segundo agência internacional de notícias, William Burns teria feito sugestão a funcionários do governo brasileiro durante reunião em 2021

atualizado

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Jair Bolsonaro, presidente do Brasil. Ele tem cabelos curtos, grisalhos e tem a pele clara -metrópoles
1 de 1 Jair Bolsonaro, presidente do Brasil. Ele tem cabelos curtos, grisalhos e tem a pele clara -metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O diretor do Serviço de Inteligência dos Estados Unidos (CIA), William Burns, teria dito a integrantes do governo Jair Bolsonaro que o presidente deveria deixar de questionar a integridade das eleições no país. A informação foi dada por duas fontes à agência de notícias estrangeira Reuters.

O alerta foi feito em reunião realizada no mês de julho de 2021, de acordo com os relatos das fontes, que não quiseram ser identificadas.

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A troca de farpas preocupa.  Em tentativa de minimizar os conflitos, o ministro Luiz Fux, inclusive, tentou realizar reunião entre os três Poderes. Contudo, logo voltou atrás e cancelou o encontro declarando que o presidente da República insiste em atacar integrantes do STF e colocar sob suspeição o processo eleitoral brasileiro
A declaração de Fux foi feita após Bolsonaro voltar a ameaçar a realização das eleições de 2022
“É uma resposta de um imbecil. Lamento falar isso para uma autoridade do STF. O que está em jogo é o nosso futuro e a nossa vida, não pode um homem querer decidir o futuro do Brasil na fraude”, disse o presidente
“Não tenho medo de eleições. Entrego a faixa para quem ganhar no voto auditável e confiável. Dessa forma, corremos o risco de não termos eleições no ano que vem”, declarou
Durante as lives semanais, o assunto é recorrente. Bolsonaro prometeu que apresentaria, em uma delas, prova de fraudes eleitorais que supostamente ocorreram em 2014. No entanto, acabou alegando que “não tem como comprovar que as eleições foram fraudadas” e, mesmo assim, prosseguiu atacando o sistema eleitoral
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Desde eleito, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem travado grandes embates com a Justiça Eleitoral. Ele é, juntamente com aliados, uma das principais vozes no questionamento do processo brasileiro

Felipe Menezes/Metrópoles
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A troca de farpas preocupa. Em tentativa de minimizar os conflitos, o ministro Luiz Fux, inclusive, tentou realizar reunião entre os três Poderes. Contudo, logo voltou atrás e cancelou o encontro declarando que o presidente da República insiste em atacar integrantes do STF e colocar sob suspeição o processo eleitoral brasileiro

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A declaração de Fux foi feita após Bolsonaro voltar a ameaçar a realização das eleições de 2022

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“É uma resposta de um imbecil. Lamento falar isso para uma autoridade do STF. O que está em jogo é o nosso futuro e a nossa vida, não pode um homem querer decidir o futuro do Brasil na fraude”, disse o presidente

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“Não tenho medo de eleições. Entrego a faixa para quem ganhar no voto auditável e confiável. Dessa forma, corremos o risco de não termos eleições no ano que vem”, declarou

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Durante as lives semanais, o assunto é recorrente. Bolsonaro prometeu que apresentaria, em uma delas, prova de fraudes eleitorais que supostamente ocorreram em 2014. No entanto, acabou alegando que “não tem como comprovar que as eleições foram fraudadas” e, mesmo assim, prosseguiu atacando o sistema eleitoral

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Em resposta, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou, por unanimidade, portaria da Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral para a instauração de um inquérito administrativo contra Bolsonaro. Além disso, pediram ainda que o incluíssem em outro inquérito, o das fake news

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Bolsonaro, por sua vez, criticou o inquérito e ameaçou o STF. “O meu jogo é dentro das quatro linhas, mas se sair das quatro linhas, sou obrigado a sair das quatro linhas. O Moraes, ele investiga, ele pune e ele prende. Se eu perder as eleições vou recorrer ao próprio TSE? Não tem cabimento”, afirmou em entrevista ao canal da Jovem Pan

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Após a declaração de Bolsonaro, Alexandre de Moraes postou no twitter que “ameaças vazias e agressões covardes não afastarão o STF de exercer sua missão constitucional de defesa e manutenção da democracia e do Estado de direito”

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Jair Bolsonaro reclamou da retirada de veículos blindados

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Como consequência da ação, o TSE enviou ao STF uma notícia-crime contra o presidente

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Recentemente, o conflito entre Jair e o TSE ganhou novos capítulos. Isso porque Bolsonaro passou a estimular um clima de disputa entre o TSE e as Forças Armadas

Cleber Caetano/Presidência da República
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Durante lives semanais, o chefe do Executivo federal acusou o TSE de “carimbar como confidenciais” sugestões dos militares para aprimorar a segurança das urnas eletrônicas e voltou a colocar em dúvida a segurança do sistema de contagem dos votos

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Ainda não está claro onde a reunião ocorreu. No entanto, Burns esteve no Brasil em julho, em viagem não prevista em sua agenda oficial. Na ocasião, o diretor da CIA encontrou Bolsonaro, o ministro-chefe do Gabinete Institucional, o general Augusto Heleno e o então diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem.

De acordo com a agência, Burns jantou com o generais Augusto Heleno e Luiz Eduardo Ramos, ministro de Estado Chefe da Secretaria-Geral da Presidência durante a mesma visita a Brasília, a quem o norte-americano disse que o processo democrático é sagrado, e que Bolsonaro não deveria se referir a ele publicamente como vinha fazendo.

A Reuters questionou a CIA e a Presidência da República sobre o assunto, que não responderam.

Bolsonaro tem feito constantes ataques ao sistema eleitoral do Brasil e ao voto eletrônico, sem apresentar provas. Ele defende o voto impresso, usado nas eleições norte-americanas.

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