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Dirceu e Vaccari viram réus da Lava Jato por corrupção

O juiz federal Sérgio Moro recebeu denúncia da Procuradoria da República contra o ex-ministro da Casa Civil do governo Lula José Dirceu

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Paulo Lisboa/Estadão Conteúdo
PF comprova pagamento de R$ 11,8 milhões de propina a Dirceu
1 de 1 PF comprova pagamento de R$ 11,8 milhões de propina a Dirceu - Foto: Paulo Lisboa/Estadão Conteúdo

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (Governo Lula) agora é réu da Operação Lava Jato. Nesta terça-feira (15/9), o juiz federal Sérgio Moro recebeu denúncia da Procuradoria da República, que acusa Dirceu, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e outros 13 alvos da Operação Pixuleco, desdobramento da Lava Jato, por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Dirceu e Vaccari, quadros históricos do PT, estão presos em Curitiba, base da Lava Jato. A Procuradoria afirma que o ex-ministro recebeu, por meio de sua empresa de consultoria, a JD Assessoria, propina de empreiteiras contratadas pela Petrobras. O ex-tesoureiro do partido é acusado de ter arrecadado vantagens ilícitas para sua legenda.

Ao todo eram 17 denunciados pela Procuradoria. O juiz Sérgio Moro, no entanto, rejeitou a acusação, ‘por falta de justa causa’, contra uma filha de Dirceu, Camila Ramos de Oliveira e Silva, e contra a arquiteta Daniela Leopoldo e Silva Facchini, que reformou a casa do ex-ministro em Vinhedo (SP), por R$ 1,8 milhão.

Os novos réus da Lava Jato são:

1) José Dirceu de Oliveira e Silva;

2) João Vaccari Neto;

3) Julio Gerin de Almeida Camargo;

4) Fernando Antônio Guimarães Hourneaux de Moura;

5) Olavo Hourneaux de Moura Filho;

6) Luiz Eduardo de Oliveira e Silva;

7) Roberto Marques;

8) Júlio César dos Santos;

9) Renato de Souza Duque;

10) Pedro José Barusco Filho;

11) Gerson de Melo Almada;

12) Cristiano Kok;

13) José Antunes Sobrinho;

14) Milton Pascowitch;

15) José Adolfo Pascowitch.

Ainda segundo a denúncia, parte das propinas acertadas pela Engevix Engenharia com a Diretoria de Serviços e Engenharia da Petrobras era destinada a Dirceu e ao empresário e lobista Fernando Antônio Guimarães Hourneaux de Moura, ligado ao PT, “por serem responsáveis pela indicação e manutenção de Renato Duque” no comando da unidade estratégica. Segundo o Ministério Público Federal, as propinas foram repassadas aos dirigentes da Petrobras, ao partido e aos acusados entre 2005 a 2014.

“Das propinas, metade ficava para os agentes da Petrobras e a outra metade ficava para o Partido dos Trabalhadores, sendo ainda parcela desta destinada a agentes políticos específicos, entre eles José Dirceu e Fernando Moura”, diz a decisão do juiz da Lava Jato.

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