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Dino sobre ação da PRF no 2º turno: “Personagens ocultos aparecerão”

Segundo o ministro Flávio Dino, os “personagens ocultos” são os articuladores políticos das ações realizadas no 2º turno das eleições

atualizado

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família bolsonaro blitz prf eleiçoes 2022 serra talhada
1 de 1 família bolsonaro blitz prf eleiçoes 2022 serra talhada - Foto: Reprodução/Twitter

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, indicou nesta sexta-feira (7/4) que personagens ocultos que teriam participado dos bloqueios ilegais em rodovias federais promovidos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em outubro 2022, na data do segundo turno das eleições de 2022, ainda vão aparecer.

Segundo o ministro, os “personagens ocultos” são os articuladores políticos das ações.

Em vídeos que circularam no dia do pleito, vários eleitores nordestinos em transporte público se queixaram de que não estariam conseguindo chegar aos locais de votação, em função de blitze da PRF.

Após a repercussão de imagens que mostram agentes impedindo o trânsito de eleitores, o termo “Deixem o Nordeste Votar” ficou em primeiro lugar entre os assuntos mais comentados no Twitter.

“Há agora um preenchimento de lacunas nessa história, que começa antes da eleição, passa pelo dia do segundo turno, os dias subsequentes, os ataques no dia 12 de dezembro, em Brasília, o atentado a bomba no dia 24 de dezembro, no aeroporto, até chegar no dia 8 de janeiro”, disse Dino em entrevista à GloboNews.

“Ora, nós tivemos a participação de dezenas de pessoas. É a isso que eu aludo quando falo que personagens ocultos ainda aparecerão. É experiência de quem tem 33 anos de atuação profissional e foi juiz federal por 12 anos”, continuou.

Dino já havia afirmado que há indícios de que seu antecessor na pasta, Anderson Torres, teria agido contra os eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições.

O então ministro viajou à Bahia dias antes da data de votação e teria articulado a operação que atrapalharia eleitores do petista.

Torres está preso no âmbito da investigação sobre possível omissão durante a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro, por bolsonaristas radicais.

Ex-diretor-geral réu

Em novembro de 2022, a Justiça tornou o então diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, réu por improbidade administrativa por pedir votos para o então candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL). A ação é movida pelo Ministério Público Federal (MPF).

De acordo com o MPF, Vasques pediu votos indevidamente ao então candidato à Presidência da República e atual chefe do Executivo. Ao citar declarações de Vasques durante eventos públicos, o órgão alegou que o diretor usou a PRF para fazer uma “verdadeira propaganda político-partidária”.

Corregedor exonerado

Na última quarta-feira (5/4), o governo do presidente Lula exonerou o corregedor-geral e controle interno da PRF, Wendel Benevides Matos.

Wendel Matos foi nomeado ao cargo em 2021 pelo ex-diretor-geral da corporação na gestão Bolsonaro.

Assinada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, a portaria não designou um substituto ao cargo.

Em nota, a PRF informou que a exoneração foi motivada para “afastar qualquer sugestão de parcialidade sobre processos apuratórios internos” envolvendo o caso de Silvinei Vasques, responsável pela nomeação de Wendel Matos.

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