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Dimas Covas explica mortes em pessoas vacinadas: “Vacina não é escudo”

Segundo diretor do Butantan, imunossenescência e comorbidades são fatores que atrapalham indução de anticorpos em vacinados

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1 de 1 Dimas Covas_CPI da Covid - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, explicou, nesta quinta-feira (27/5), a existência de casos e óbitos por Covid-19 em pessoas já vacinadas com as duas doses de imunizantes contra o novo coronavírus. Segundo Covas, a vacina “não é um escudo” contra o vírus e é preciso considerar outras variáveis.

O representante do instituto afirmou que um dos motivos que explica os casos graves em idosos é a imunossenescência: “98% é o índice de indução de anticorpos em pessoas idosas, não é 100% a indução de anticorpos. As pessoas idosas que têm um fenômeno biológico chamado imunossenescência, ou seja, respondem menos na produção de anticorpos do que pessoas mais jovens”, disse.

Ele reiterou que “a vacina não é uma proteção absoluta”. “Não é um escudo contra doença e não é um escudo contra mortalidade. Ela é uma proteção relativa e entram os fatores individuais das pessoas, as comorbidades, vários fatores. Primeiro, a vacina não protege contra a infecção, nenhuma vacina, ela protege contra as manifestações clínicas”, justificou.

O diretor do Butantan enfatizou que a vacinação é o melhor meio para contornar a alta de infecções e mortes pela Covid-19. “Dados do Brasil de vários municípios mostram proteção elevada acima de 83%, 85%. Não é uma proteção absoluta, não é um escudo. Tem pessoas que não vão responder porque não é 100% a indução de anticorpos”, acrescentou.

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Diretor do Butantan, Dimas Covas, em depoimento na CPI da Covid
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Dimas Covas é o décimo depoente do colegiado. Antes dele, a comissão parlamentar ouviu a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro.

Os senadores ouviram os ex-ministros Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello, além do atual chefe da Saúde, Marcelo Queiroga.

O ex-chanceler Ernesto Araújo, o gerente-geral da Pfizer para a América Latina, Carlos Murillo, o ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten e o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, também prestaram depoimento.

A CPI da Covid-19 tem o objetivo de investigar as ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia e, em especial, no agravamento da crise sanitária no Amazonas com a ausência de oxigênio, além de apurar possíveis irregularidades em repasses federais a estados e municípios.

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