Dilma furou fila para se aposentar com ajuda de ministro, diz revista
O ex-ministro da Previdência Carlos Gabas e uma servidora pública foram punidos por beneficiar a ex-presidente no processo de aposentadoria
atualizado
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A aposentadoria da ex-presidente Dilma Rousseff foi concedida de maneira irregular. Uma investigação demonstrou que a petista furou fila e recebeu o benefício, passando na frente de milhares de pessoas que aguardavam a aposentadoria. A conclusão do caso foi divulgada nesta sexta-feira (18/8) pela Revista Veja.
Em setembro de 2016, após ter pedido de cassação aprovado no Senado, Dilma Rousseff conseguiu em poucos minutos ter o processo de aposentadoria aberto e concluído. Na ocasião, uma secretária pessoal e o ex-ministro da Previdência Carlos Gabas foram até uma agência do INSS e burlaram o sistema.
Dilma, então, passou a ter direito de receber o teto da Previdência R$ 5.189,82. Atualmente, cerca de 400 mil pessoas aguardam para ter direito a aposentadoria. Com o fim da investigação, a servidora que sabia do esquema e beneficiou Dilma foi punida, assim como o ex-ministro Carlos Gabas.Um despacho assinado pelo ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, aplica punições ao ex-ministro Carlos Gabas,e advertência à servidora Fernanda Doerl. Gabas foi suspenso do serviço público por 10 dias. Servidor de carreira do Senado, ele está cedido para o gabinete do senador petista Humberto Costa (PE). Com a punição, não poderá trabalhar nesse período e terá o salário descontado em folha.
A ex-presidente também é cobrada, de maneira mais branda, pela irregularidade. Ela terá que devolver R$ 6.188 reais, referentes a um mês de salário que teria sido pago irregularmente pelo INSS. Dilma Rousseff está recorrendo para não fazer a devolução.
Na defesa, Gabas alegou aos investigadores que “o atendimento diferenciado de pessoas públicas era comum e tinha o objetivo de assegurar a integridade física e moral dos demais segurados”. Já Fernanda Daerl sustentou durante todo o processo que agiu de acordo com a lei e que se guiou por normas do INSS para aprovar os dados cadastrais de Dilma.