metropoles.com

Deputados retiram apoio à criação de CPI contra Operação Lava Jato

Após repercussão negativa, parlamentares disseram ter entendido errado o propósito da comissão

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles
1 de 1 Rafaela Felicciano/Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Depois de observar repercussão negativa, deputados pediram para retirar assinaturas de apoio à criação de uma Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) para investigar a Operação Lava Jato na Câmara dos Deputados.

A iniciativa de pedir a instalação da CPI teve o apoio de líderes de diversos partidos, como MDB, PT, PP, PR, PDT, PCdoB e PSOL. Mais de 180 deputados assinaram o requerimento a favor da criação da comissão.

Até a publicação desta matéria, pelo menos três parlamentares haviam pedido para retirar seu nome do requerimento: Rogério Rosso (PSD-DF), Darcísio Perondi (MDB-RS) e Evair de Melo (PP-ES). Todos alegaram ter entendido errado do que se tratava a CPI.

Em nota, Perondi disse que foi induzido ao “erro” e não tem como objetivo “desconstruir as delações premiadas e, por consequência, esvaziar a Operação Lava Jato”. “Assinei, mas fui induzido ao erro. Depois que li com mais cuidado as justificativas do pedido, entendi que a CPI em questão não ajuda em nada ao Brasil, tampouco o combate à corrupção. Não vou avalizar nenhuma iniciativa, de qualquer partido que seja, que tenha como objetivo atrapalhar o trabalho que vem sendo feito para passar o País a limpo”, disse.

Perondi é um dos parlamentares mais próximos ao presidente Michel Temer, que foi alvo de duas denúncias após os irmãos Joesley e Wesley Batista, do Grupo J &F, fecharem delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR).

Para que uma CPI seja instalada na Câmara é necessário o apoio de pelo menos 1/3 dos deputados, isto é, de 171 parlamentares. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ainda não se manifestou sobre o pedido.

Delações
Como justificava para a criação da CPI, os líderes registraram que era preciso investigar os “esquemas de venda de proteção em delações premiadas por parte de advogados e delatores no âmbito da Operação Lava Jato e em investigações anteriores”.

O ponto de partida para o pedido da CPI foi uma notícia publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, em 19 de maio, que mostrava que o doleiro Cláudio de Souza, conhecido como “Tony” ou “Peter”, relatou em delação ao Ministério Público Federal que pagou mensalmente uma “taxa de proteção” de US$ 50 mil (cerca de R$ 186 mil ao câmbio atual). O dinheiro, conforme o colaborador, era entregue ao advogado curitibano Antonio Figueiredo Basto e um colega dele cujo nome não foi informado.

Na época, Basto negou a acusação de cobrança de “proteção” feita pelos doleiros Vinícius Claret, o “Juca Bala”, e Cláudio de Souza. “É um boato que você joga no ar. Todo mundo hoje neste país adora atacar a honra do outro”, disse. “Contra boato não tem como se defender”, completou Basto.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?