Deputados do PSB votarão por arcabouço fiscal, diz Carlos Siqueira

Após reunião de articulação política com ministros e representantes do parlamento, no Palácio do Planalto, o presidente do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Carlos Siqueira, disse não ter dúvidas de que os deputados do partido votarão pelo arcabouço fiscal.

“Precisamos ajudar o governo a dar certo, é nossa obrigação, não estamos fazendo nenhum favor. É nossa obrigação apoiar permanentemente o governo”, enfatizou Siqueira.

Questionado se os 14 deputados da legenda votarão a favor da pauta, uma vez que três foram contra o projeto do marco do saneamento, na semana passada, Siqueira assegurou: “Eu não tenho dúvidas. É importante no arcabouço fiscal e em todos os demais projetos que o governo tiver apoiando até o fim”, pontuou.

Já o líder do partido na Câmara dos Deputados, Felipe Carreras (PE) disse que a legenda é “literalmente” com o governo. “Eu reafirmo, ontem tivemos uma reunião do nosso bloco composto por nove partidos, o bloco está firme com o presidente Lula. [O partido] Vai estar com o governo. Somos governo, literalmente governo”, afirmou.

Participaram da reunião desta manhã o líder do governo no Câmara dos Deputados, Zé Guimarães; o presidente do PSB, Carlos Siqueira; a presidente do PT, Gleisi Hoffmann; o líder do PSB na Câmara dos Deputados, o deputado federal Felipe Carreras.

Também marcam presença no encontro o ministro Carlos França, de Portos e Aeroportos, o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, o secretário de assuntos parlamentares da SRI, Valmir Prascideli, e o secretário de Articulação Institucional, Alan Silva.

Articulação

A partir das 16h desta quarta, Padilha deve conduzir encontro com representantes do Partido Social Democrático (PSD). A informação foi dada na segunda-feira (8/5), em coletiva de imprensa, pelo próprio ministro das Relações Institucionais (SRI).

As reuniões acontecem por ordem do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que, segundo Padilha, pediu aos ministros que foram indicados por partidos que se reúnam com líderes de suas bancadas no Congresso para cobrar apoio às pautas do governo.

“O presidente delegou a tarefa de, como coordenador político do governo, nesta semana fazer reuniões dos ministros que foram indicados por partidos junto com líderes da Câmara, para discutir a atuação [das bancadas]”, disse Padilha sobre a determinação do mandatário.

A decisão acontece na semana seguinte às duas derrotas mais significativas que o governo teve na Câmara: a retirada de pauta do PL das Fake News por falta de segurança sobre a aprovação e a derrubada de trechos de decreto que o Planalto publicou modificando o marco do saneamento.