metropoles.com

Deputados cobram punição a Alvim após citação de ministro nazista

Políticos querem que Congresso puna secretário especial de Cultura após fala semelhante a de ministro da Propaganda de Adolf Hitler

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução
Roberto Alvim
1 de 1 Roberto Alvim - Foto: Reprodução

Políticos e partidos reagiram à fala do secretário de Cultura, Roberto Alvim, que citou trechos de discurso do ministro da Propaganda do governo de Adolf Hitler, Joseph Goebbels.

O PSol divulgou uma nota de repúdio. “Na Alemanha, Roberto Alvim estaria preso. Aqui, é secretário da cultura de [Jair] Bolsonaro. Usar retórica nazista e discurso de Goebbels pode parecer patético, mas na verdade é perigoso e violento. Não normalizemos os absurdos dessa escória que hoje governa o Brasil”, criticou o texto.

Na mesma tendência, parlamentares da sigla também reclamaram nesta sexta-feira (17/01/2020). “Não existe mais vergonha em parecer fascista. O vídeo de Roberto Alvim deixa isso claro com sua estética autoritária e pelo plágio a Goebbels, ministro da propaganda nazista. É urgente se levantar contra o projeto de Bolsonaro e devolver o fascismo pra lata de lixo da história”, escreveu no Twitter a deputada federal Sâmia Bomfim (PSol-SP).

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), cobrou providências do Congresso para punir a fala. “Um vídeo nazista não é apenas ridículo. É perigoso e ilegal. Desrespeita os judeus no mundo inteiro, inclusive no Brasil. Deve ser objeto de repúdio e de providências no Congresso Nacional e no Poder Judiciário”, postou nas redes sociais. 

A ex-candidata à Presidência da República, Manuela Dávila (PCdoB), disse que o caso é para encobrir “escândalos” do governo federal. “Esse vídeo em que você ouve a música preferida de Hitler e faz um plagio de uma frase Goebbels foi feito para que a gente esquecesse o escândalo se corrupção da Secretaria de Comunicação? Não deu certo”, publicou no Twitter.

Reação do PT
O perfil oficial do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também reclamou das declarações e republicou um discurso feito em dezembro em que defende a cultura nacional: “Cultura é vida, não morte”.
A também deputada federal Erika Kokay (PT-DF) classificou o ato como “inaceitável”. “Ao empregar parte de texto de Goebbels e ópera de Wagner, fundo musical preferido de Hitler, para noticiar seus planos para a cultura brasileira, Roberto Alvim, secretário de Cultura, escancara de vez a face Neonazista e criminosa deste DESgoverno de Jair Bolsonaro”, escreveu. 
Entenda o caso
Roberto Alvim usou trechos do discurso do ministro da Propaganda do governo de Adolf Hitler, Joseph Goebbels, para anunciar o Prêmio Nacional das Artes e provocou reações.

“A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional. Será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes do nosso povo, ou então não será nada”, disse Alvim.

O secretário afirmou ainda que “ao país a que servimos só interessa uma arte que cria a sua própria qualidade a partir da nacionalidade plena”. “Queremos um cultura dinâmica e, ao mesmo tempo, enraizada na nobreza dos nossos mitos fundantes. Pátria, família, a coragem do povo e a sua profunda ligação com Deus amparam nossas ações na criação de políticas públicas“, emendou.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?