Deputado João Rodrigues é preso pela PF no Aeroporto de Guarulhos (SP)
O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou, na quarta-feira (7/2), a expedição do mandado de prisão do parlamentar
atualizado
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O deputado João Rodrigues (PSD) foi preso, na manhã desta quinta-feira (8/2), pela Polícia Federal no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo (SP). Em nota, a PF afirmou que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou que o nome do deputado fosse incluído na difusão vermelha no banco de dados da Interpol.
“Levantamento da Polícia Federal com apoio das adidâncias nos EUA e Paraguai identificou que o deputado se encontrava no exterior e havia modificado seu bilhete de passagem, alterando o destino final do Brasil para o Paraguai. Com receio de que ocorresse a prescrição da execução da pena, prevista para a próxima segunda-feira (12/2), a Polícia Federal comunicou o fato ao ministro Alexandre de Moraes, presidente da Primeira Turma do STF, que autorizou a inclusão”, diz o documento.
Logo após a prisão, o deputado usou as redes sociais para lamentar o ocorrido. “Há 20 anos sofro com esse processo. Esperava que o desfecho fosse outro, mas, infelizmente, por razões que não entendo, vou cumprir a pena, aguardando uma modificação na determinação judicial”. Ele disse que se sente “injustiçado” e vai tentar reverter a situação.
Condenado em 2ª instânciaO Supremo Tribunal Federal (STF) determinou, na quarta (7), a expedição do mandado de prisão do deputado João Rodrigues, condenado pela segunda instância da Justiça Federal a cinco anos e três meses por dispensa irregular de licitação, quando ocupou o cargo de prefeito de Pinhalzinho (SC).
Rodrigues foi condenado quando era prefeito de Chapecó (SC), por isso seu julgamento ocorreu em segunda instância. Mas a acusação dos crimes por fraude e dispensa de solicitação é de quando assumiu interinamente a prefeitura de Pinhalzinho, por 30 dias, em 1999. Depois que se tornou deputado, o caso foi encaminhado ao STF, pela prerrogativa de foro privilegiado.
A defesa do deputado acredita que vai conseguir reverter a prisão, alegando que o crime já prescreveu. “Vamos resolver insistindo na tese de que a prescrição ocorreu em 18 de dezembro”, disse o advogado Marlon Bertol, antes da prisão.