Deputado diz que chegada do IFA dá “tranquilidade” a vacinas nacionais
Representando o presidente da Câmara em reunião do comitê da Covid, o deputado Dr. Luizinho disse que será regularizada a 2ª dose
atualizado
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Após reunião do Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento da Pandemia do Covid-19, o deputado Dr. Luizinho (PP-RJ), representando a Câmara dos Deputados, disse que a chegada do insumo farmacêutico ativo (IFA) regulariza os problemas com a aplicação da segunda dose das vacinas contra a Covid-19 e dão “certa tranquilidade”.
“Essa demanda pela segunda dose está um pouco mais controlada”, afirmou. “Com o insumo chegando ao Butantan, há certeza que isso vai ser resolvido. É claro que houve delay na produção do Butantan, mas isso hoje está apontado. Com a chegada do IFA, a gente tem uma certa tranquilidade.”
Questionado sobre data da regularização, o deputado disse que não consegue ter informação precisa. “Com a expertise que o Butantan desenvolveu, a gente acredita que para início de junho essa questão vai estar resolvida.”
Na terça-feira (17/5), o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, afirmou que o ingrediente farmacêutico ativo (IFA) para a produção da Coronavac, no Instituto Butantan, pode chegar ainda no mês de maio.
Na última sexta-feira (14/5), o laboratório entregou 1,1 milhão de doses do imunizante e paralisou a produção por falta de matéria-prima. O instituto aguarda a liberação de 10 mil litros do ingrediente, importado da China, suficientes para a produção de 18 milhões de doses.
O país asiático é responsável pela distribuição de toda a matéria-prima das vacinas produzidas no Brasil pelo Instituto Butantan. Segundo o secretário-executivo do ministério, a pasta tem um contrato de 100 milhões de doses do laboratório formalizado, e pretende formalizar a aquisição de mais 30 milhões até o fim do ano.
Mais vacinas
Ainda de acordo com o deputado, o ministro informou ao comitê que conversou com secretário de Saúde norte-americano sobre o envio do excedente de vacinas dos Estados Unidos e a antecipação das doses da Janssen para o Brasil.
“Esse é o pleito brasileiro: antecipação das 32 milhões de doses contratadas com a Johnson & Johnson que sejam antecipadas para o país. Obviamente, o Brasil também pleiteia qualquer acesso de novas doses. Quanto mais doses para o país, melhor, mas o pleito direto é a antecipação das doses da Johnson & Johnson”, disse Luizinho.
O parlamentar informou ainda que o governo brasileiro abriu negociação com a Moderna, que também faria a transferência de tecnologia ao Brasil para a fabricação de imunizantes em território nacional.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, tem encontro previsto com o CEO da Moderna, Stephane Bancel, nesta quarta-feira. Em conversa com jornalistas, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, afirmou que não há expectativa de aquisição de doses do laboratório pelo governo federal neste ano, pois a empresa não tem vacinas disponíveis para venda nos próximos meses.
No entanto, a reunião de Queiroga com o CEO do laboratório será sobre outro fármaco produzido pela Moderna: uma espécie de “booster” para potencializar a imunização de pessoas que já foram protegidas com qualquer vacina contra a Covid-19.
Anunciado no começo de maio, o fármaco ainda está em fase de pesquisas, mas se mostrou eficaz contra as variantes sul-africana e brasileira do coronavírus, atesta o laboratório.
Comitê
Dr. Luizinho participou na manhã desta quarta-feira (19/5), no Palácio do Planalto, da 4ª reunião do comitê de combate à Covid-19, presidido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
O deputado representou o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que não compareceu. Também estavam presentes o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.