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Deputadas pedem saída de Damares por vazamento de dados de menina estuprada

Criança de 10 anos teve os dados pessoais divulgados pela extremista Sara Winter, que trabalhou no ministério comandado por Damares

atualizado

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Nove deputadas federais do PT e uma senadora do Pros apresentaram representação à Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo o afastamento do cargo da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, por supostamente ter repassado dados da menina de 10 anos estuprada e engravidada pelo tio.

A representação é assinada pelas deputadas Erika Kokay (PT-DF), Benedita da Silva (PT-RJ), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Maria do Rosário (PT-RS), Luizianne Lins (PT-DE), Natália Bonavides (PT-RN), Margarida Salomão (PT-MG), Rosa Neide (PT-MT) e Marília Arraes (PT-PE) e pela senadora Zenaide Maia (Pros-RN)

O documento, obtido pelo Metrópoles, pede a apuração da conduta da ministra em relação à possível participação dela na apropriação e uso de dados pessoais e dos endereços da menina de 10 anos. Ela ficou grávida após ter sido violentada durante quatro anos pelo tio e, nesse domingo (16/8), conseguiu interromper a gravidez.

A representação cita a proximidade entre a ministra e a extremista Sara Fernada Giromini, conhecida como Sara Winter, que é ex-assessora de Damares e divulgou em redes sociais dados da criança, como o nome dela, “incitando”, segundo as deputadas, “grupos de fanáticos a tentar impedir realização de um aborto legal”.

Dessa maneira, as deputadas federais pedem o afastamento preventivo para prevenir que a ministra dos Direitos Humanos interfira nas investigações sobre o vazamento das informações, além de impedir a possibilidade de uso do cargo para ações que imprimam maior sofrimento à criança, “já traumatizada”.

Procurado, Damares informou que o ministério não é responsável por qualquer vazamento de informação sigilosa em relação ao caso. Nessa quinta-feira (20/8), sem fazer menção direta ao caso, a ministra escreveu: “Enquanto uns e outros perdem tempo com conspirações, nós aqui trabalhamos para fortalecer a rede de proteção da criança”.

Além disso, a ministra pediu, em ofício encaminhado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), a apuração do vazamento de dados sigilosos da menina de 10 anos. Ela defende que a atitude de vazar os dados fere diretamente o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o Código Penal Brasileiro.

Damares afirma discordar do procedimento do aborto, realizado em Recife (PE) pelo dr. Olímpio Moraes Filho
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Damares Alves e o presidente da República, Jair Bolsonaro

Reprodução/Arquivo Pessoal
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Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Antonio Cruz/ Agência Brasil
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Damares afirma discordar do procedimento do aborto, realizado em Recife (PE) pelo dr. Olímpio Moraes Filho

Michael Melo/Metrópoles

 

 

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