Vídeos: deputadas afirmam que foram agredidas durante confusão na CCJ
Sâmia Bomfim (PSol-SP) e Maria do Rosário (PT-RS) disseram ter sido empurradas por deputado do PSL e assessor de Paulo Guedes
atualizado
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Após uma reunião marcada por bate-boca entre deputados e o ministro Paulo Guedes (Economia), as deputadas Sâmia Bomfim (PSol-SP) e a Maria do Rosário (PT-RS) reclamaram de terem sido agredidas ao final da sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. O colegiado se reuniu nesta quarta-feira (3/4) para ouvir o ministro sobre a reforma da Previdência.
De acordo com Sâmia, no meio da confusão que ocorreu ao fim da audiência, ela foi empurrada por um deputado do PSL. A parlamentar não soube precisar o nome do deputado que a teria agredido, mas disse ao Metrópoles que pretende identificá-lo e apresentar uma queixa à bancada feminina da Câmara nesta quinta-feira (4), pedindo providências.
Veja vídeo da confusão:
No momento em que a paulista reclamava da agressão (vídeo abaixo), alguns deputados do PSL saíram em defesa do colega. Carla Zambelli (PSL-SP) chegou a dizer que Sâmia estava de “mimimi”.
O deputado Márcio Labre (PSL-RJ) também questionou a acusação feita por Sâmia. Para ele, as mulheres têm “mania de perseguição” e o empurrão do colega teria sido um “acidente”. A deputada, por sua vez, respondeu que “sempre que as mulheres são agredidas, parece acidente”.
Já Maria do Rosário disse que tentou conversar com Guedes durante a confusão. Quando se dirigiu à mesa onde estava o ministro, a petista teria recebido uma cotovelada de uma das pessoas que assessoravam o titular da Economia. A deputada também garantiu que pedirá providências à Câmara.
A assessora Daniella Marques, que teria agredido a deputada Maria do Rosário, deixou a comissão escoltada por agentes da Polícia Legislativa.
Assista:
O encerramento da reunião foi marcado por tumulto após o deputado Zeca Dirceu (PT-PR) ter dito que o ministro da Economia era “tigrão com os agricultores, com professores, mas é tchutchuca quando mexe com a turma mais privilegiada do país“. Guedes reagiu: “É sua mãe, sua avó, sua família inteira”.
Diante da confusão generalizada, o presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR), decidiu encerrar a reunião do colegiado e disse que não convocará novamente Guedes para tratar da reforma na Casa.