DEM e MDB deixam bloco do Centrão na Câmara dos Deputados
Liderado por Arthur Lira (PP-AL), aliado do governo, o grupo era formado por 221 parlamentares e foi reduzido para 158
atualizado
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O DEM e o MDB vão deixar nesta segunda-feira (27/7) o bloco do “Centrão” na Câmara dos Deputados, que fechou apoio ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). Comandado por Arthur Lira (PP-AL), o grupo, que antes somava 221 parlamentares, fica reduzido para 158.
Seguem no “blocão” os partidos PP, PL, PSD, Solidariedade, PTB, PROS e Avante. O grupo foi criado em 2019 antes da formação da Comissão Mista do Orçamento (CMO), colegiado que aprova o orçamento federal e ainda cria regras para o pagamento e uso das emendas parlamentares.
Segundo o presidente do MDB e líder da sigla na Casa, Baleia Rossi (SP), a presença do partido no bloco era apenas para ganhar cadeiras nas comissões e que a legenda mantém uma posição “independente”.
O MDB independente foi aprovado na convenção que me elegeu presidente do partido em 2019. Apoiamos o que acreditamos ser bom para o País. A presença do MDB no bloco majoritário da Câmara se devia às cadeiras nas comissões. Manteremos diálogo com todos. Somos #PontoDeEquilíbrio
— Baleia Rossi (@Baleia_Rossi) July 27, 2020
Assim como Baleia, o líder do blocão, Arthur Lira (PP-AL), também disse que o grupo foi formado apenas para compor a comissão e reforçou que é “natural” que ele se desfaça. “Ele deveria ter sido desfeito em março, o que não aconteceu por conta da pandemia”, completou.
O bloco de partidos que é chamado de centrão tem como objetivo manter o diálogo e a votação das pautas importantes para o país. O chamado bloco do centrão foi criado para formar a comissão de orçamento. Não existe o bloco do Arthur Lira.
— Arthur Lira (@ArthurLira_) July 27, 2020
Coms a saídas do blocão do DEM, partido do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e do MDB, comandado por Baleia, acelera-se a discussão sobre o nome do sucessor de Maia. O emedebista é um dos candidatos à vaga, além de Lira, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), Marcos Pereira (Republicanos-SP) e Elmar Nascimento (DEM-BA).