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Deltan Dallagnol, ex-coordenador da Lava Jato, pede exoneração do MPF

O futuro do ex-procurador deve ser a carreira política ao lado do colega ex-juiz Sergio Moro, que irá se filiar ao Podemos

atualizado

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Deltan Dallagnol
1 de 1 Deltan Dallagnol - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O procurador Deltan Dallagnol, ex-coordenador da Operação Lava Jato, que investigou desvios de recursos públicos na Petrobras, pediu exoneração do Ministério Público Federal (MPF).

Nesta quinta-feira (4/11), Dallagnol divulgou em suas redes sociais um vídeo em que anuncia a saída do cargo e explica os motivos que o levaram a tomar a decisão.

“Eu posso fazer mais pelo país fora do Ministério Público, lutando com mais liberdade pelas causas que eu acredito”, disse.

A expectativa é que agora o ex-procurador se filie ao Podemos, o mesmo que será feito pelo colega ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro.

“Carrego comigo o sonho de um país mais justo e melhor”, frisou Dallagnol. Ele continuou: “Precisamos manter a esperança viva e lutar pela transformação que nós queremos”, ponderou.

Dallagnol defendeu o fortalecimento dos mecanismos de combate á corrupção. Isso, segundo o ex-procurador, o motivou a deixar a carreira. “Passamos a sofrer retrocessos”, salientou.

O ex-coordenador da Lava Jato concluiu: “Por um momento aqueles que nos roubam há décadas por um momento foram punidos”.

Dallagnol, de 41 anos, trabalhou por 18 anos no MPF. O trabalho mais notório do ex-procurador foi a coordenação da força-tarefa da Operação Lava Jato. A investigação começou em 2014 e foi concluída em fevereiro de 2021.

Assista ao vídeo de Deltan Dallagnol:

Relembre a Lava Jato

Segundo as investigações, quatro organizações criminosas que teriam a participação de agentes públicos, empresários e doleiros passaram a ser investigadas perante a Justiça Federal em Curitiba.

A operação apontou irregularidades na Petrobras, maior estatal do país, e contratos vultosos, como o da construção da usina nuclear Angra 3.

O ex-procurador se afastou da coordenação da Lava Jato de Curitiba, em setembro do ano passado, depois de denúncias de excessos e da divulgação de mensagens suas com Moro.

Dallagnol causou polêmica ao usar um powerpoint em que apontava o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como chefe de uma organização criminosa para desviar dinheiro público. Após o caso, sofreu críticas e uma censura do Conselho Nacional do Ministério Público.

Dallagnol é formado em Direito pela Universidade Federal do Paraná e tem mestrado pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.

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