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Delator da Odebrecht apresenta planilha de gastos no sítio de Atibaia

Documento entregue por Emyr Diniz Costa Junior, engenheiro ligado à Odebrecht, aponta soma de R$ 700 mil

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Luiz Inácio Lula da Silva durante evento do PT em Brasília. – Brasília(DF), 24/04/2017
1 de 1 Luiz Inácio Lula da Silva durante evento do PT em Brasília. – Brasília(DF), 24/04/2017 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Um dos delatores da Odebrecht, o engenheiro Emyr Diniz Costa Junior, entregou à Justiça Federal do Paraná uma planilha que relaciona gastos de R$ 700 mil que, segundo ele, foram destinados pelo departamento de propina da empreiteira para custear a compra de materiais de construção para a reforma feita do sítio de Atibaia, que beneficiaria o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A informação é do jornal O Globo.

Segundo a reportagem, a planilha discrimina quatro lançamentos entre os dias 16 e 30 de dezembro de 2010, último ano do governo Lula — de R$ 380 mil, R$ 120 mil, R$ 197,9 mil e R$ 2,1 mil com o título “Aquapolo”. Emyr disse que recebeu em dinheiro no Projeto Aquapolo, no ABC paulista, onde trabalhava na época, os valores enviados pela equipe de Hilberto Silva, que chefiava o departamento de propina.

Até o momento, não havia prova de que os valores gastos no sítio tinham saído do departamento de propina da Odebrecht. Além da empreiteira, também fizeram obras no sítio a OAS e o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o documento apresentado pelo colaborador foi localizado pela equipe de perícia nos discos rígidos fornecidos pela empreiteira.

De acordo com o texto, o Ministério Público Federal também apresentou a Moro pedido para que sejam ouvidos novamente quatro delatores da Lava-Jato: o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, o ex-diretor Nestor Cerveró, o empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC, e o executivo da Odebrecht Márcio Faria.

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Segundo O Globo, na denúncia, os procuradores dizem que Lula recebeu o benefício de obras no sítio como parte da propina por contratos da Petrobras que somam R$ 155 milhões

Pedro Barusco deverá ser ouvido sobre propinas pagas pelo consórcio Gasam, responsável pelas obras do gasoduto Pilar-Ipojuca. O dono da UTC deverá falar sobre propinas relacionadas ao consórcio TUC e Márcio Faria falará sobre propinas da Refinaria Abreu e Lima.

Os procuradores dizem que Cerveró será ouvido para esclarecer a participação de Lula na nomeação dele para a diretoria internacional da Petrobras e, num segundo momento, para a diretoria financeira da BR Distribuidora. Depoimentos prestados por delatores em outros processos serão adicionados à ação referente ao sítio de Atibaia.

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