Defesa do primo de Aécio devolve R$ 1,5 milhão recebido da JBS
Os recursos depositados seriam parte dos R$ 2 milhões repassados pela JBS ao senador, conforme delação premiada de Joesley Batista
atualizado
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A defesa de Frederico Pacheco, primo do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) conhecido como Fred, fez um depósito judicial nesta terça-feira (13/6) no valor de R$ 1.520.000 em agência da Caixa Econômica Federal (CEF) no bairro Luxemburgo, zona sul de Belo Horizonte. Frederico foi preso no último 18 durante a Operação Patmos, da Polícia Federal.
Os recursos depositados seriam parte dos R$ 2 milhões repassados pela JBS ao senador conforme delação premiada de Joesley Batista, um dos donos da empresa. Fred foi um dos encarregados de transportar os recursos. Mendherson Souza Lima, que trabalhava para o senador Zezé Perrella (PMDB-MG), também teria participado do transporte do dinheiro.
A informação sobre o valor depositado na agência da Caixa Econômica Federal foi repassada pelo advogado de Mendherson, Antonio Velloso Neto. A operação foi acompanhada pela Polícia Federal. Para o advogado, o depósito realizado deixa claro que não houve lavagem de dinheiro com a utilização de conta corrente de empresa do filho do senador Perrella.
Conforme as investigações da PF, parte dos R$ 2 milhões teria sido depositada na conta da Tapera Participações e Empreendimentos Agropecuários, que tem como dono o Gustavo Perrella, filho de Zezé Perrella. “Não existe essa história de lavagem de dinheiro. Mendherson nunca lavou dinheiro na empresa do Perrella e nunca lavou dinheiro para ninguém”, afirma Velloso.
Ainda conforme o advogado, o depósito foi feito em uma conta corrente autorizada pela Polícia Federal. “É a comprovação absoluta de que o dinheiro não está mais em circulação”, disse. Procurado, o advogado de Fred não respondeu aos contatos da reportagem.