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Defesa de Lula repudia “ação combinada” entre Moro e Dallagnol

Cristiano Zanin diz que o ex-presidente é vítima de “lawfare”. Segundo ele, o restabelecimento da liberdade plena do petista é urgente

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1 de 1 cristiano-zanin-martins-840×560 - Foto: Reprodução/Twitter

Em reação à reportagem As mensagens secretas da Lava Jato, publicada neste domingo (09/06/2019) pelo site The Intercept, a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva Lula divulgou nota na qual repudia o que chamou de “atuação combinada”. A matéria revela, por meio da publicação de uma série de mensagens privadas, como o ex-juiz Sergio Moro e o coordenador da Força-Tarefa da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, teriam conduzido a operação.

“Com o objetivo pré-estabelecido, e com clara motivação política, de processar, condenar e retirar a liberdade do ex-presidente”, diz o texto, assinado pelo advogado do petista, Cristiano Zanin Martins.

“O restabelecimento da liberdade plena de Lula é urgente”, ressalta o comunicado. “Ele não praticou qualquer crime e é vítima de ‘lawfare’”, completa.

Confira a íntegra da nota:

“Em diversos recursos e em comunicado formalizado perante o Comitê de Direitos Humanos da ONU em julho de 2016 demonstramos, com inúmeras provas, que na Operação Lava Jato houve uma atuação combinada entre os procuradores e o ex-juiz Sérgio Moro com o objetivo pré-estabelecido e com clara motivação política, de processar, condenar e retirar a liberdade do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A reportagem publicada hoje (09/06/2019) pelo portal “The Intercept” revela detalhes dessa trama que foi afirmada em todas as peças que subscrevemos na condição de advogados de Lula a partir dos elementos que coletamos nos inquéritos, nos processos e na conduta extraprocessual dos procuradores da Lava Jato e do ex-juiz Sergio Moro.

A atuação ajustada dos procuradores e do ex-juiz da causa, com objetivos políticos, sujeitou Lula e sua família às mais diversas arbitrariedades. A esse cenário devem ser somadas diversas outras grosseiras ilegalidades, como a interceptação do principal ramal do nosso escritório de advocacia para que fosse acompanhada em tempo real a estratégia da defesa de Lula, além da prática de outros atos de intimidação e com o claro objetivo de inviabilizar a defesa do ex-Presidente.

Ninguém pode ter dúvida de que os processos contra o ex-Presidente Lula estão corrompidos pelo que há de mais grave em termos de violações a garantias fundamentais e à negativa de direitos. O restabelecimento da liberdade plena de Lula é urgente, assim como o reconhecimento mais pleno e cabal de que ele não praticou qualquer crime e que é vítima de “lawfare”, que é a manipulação das leis e dos procedimentos jurídicos para fins de perseguição política”.

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