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Defesa de Lula rebate carta e diz que empreiteiro fabricou versão

Léo Pinheiro, da OAS, negou ter mentido e sido coagido por procuradores para delatar ex-presidente petista

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Luiz Inácio Lula da Silva durante evento do PT em Brasília. – Brasília(DF), 24/04/2017
1 de 1 Luiz Inácio Lula da Silva durante evento do PT em Brasília. – Brasília(DF), 24/04/2017 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva rebateu a carta em que Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, diz não ter mentido ou sido coagido para incriminar o petista. Segundo o advogado do petista, Cristiano Zanin Martins, o relato do empreiteiro é incompatível com os diálogos entre os procuradores da Lava Jato.

Após conversas vazadas mostrarem um suposto descrédito dos procuradores da força-tarefa da Lava Jato em relação aos depoimentos do empreiteiro, Léo Pinheiro reafirmou as acusações que levaram Lula à cadeia pelo caso triplex. A carta foi publicada nesta quinta-feira (04/07/2019) pelo jornal Folha de S.Paulo.

“Afirmo que nunca mudei ou criei versão, nem nunca fui ameaçado ou pressionado pela Polícia Federal ou Ministério Público Federal”, informou Léo Pinheiro. O ex-executivo lembrou que, ao optar pela colaboração premiada em 2016, não estava preso em decorrência da Lava Jato. “Não sou mentiroso nem vítima de coação alguma”, completou.

Léo Pinheiro é considerado testemunha-chave para a condenação do ex-presidente Lula no caso do triplex de Guarujá (SP). À época, um dos sócios da construtora OAS foi preso no âmbito da Operação Lava Jato e teve a prisão decretada pelo ex-juiz federal Sergio Moro, atual ministro da Justiça e Segurança Pública.

“A carta encaminhada por Léo Pinheiro é incompatível com os diálogos de procuradores da Lava Jato divulgados pelo próprio jornal e pelo The Intercept e em momento algum abala o que sempre foi demonstrado pelos advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, rebateu a defesa.

“Na prisão, Pinheiro fabricou uma versão para incriminar Lula em troca de benefícios negociados com procuradores” e, segundo o advogado, “a pressão sobre Léo Pinheiro para incriminar o ex-presidente, tal como revelado pelos citados diálogos, é incompatível com os acontecimentos da época”.

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