Defesa de Fabrício Queiroz nega que esteja negociando delação premiada
Notícia de que ex-assessor de Flávio Bolsonaro estaria negociando uma delação com o MP do Rio foi revelada pela CNN Brasil
atualizado
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A defesa de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), divulgou uma nota neste sábado (27/06), em que nega uma eventual negociação de um acordo de delação premiada.
Como o próprio nome já diz, a delação premiada é uma troca entre o delator que conta o que sabe e as autoridades que o “premiam” com uma possível redução da pena.
A notícia de que Queiroz estaria negociando uma delação com o Ministério Público do Rio de Janeiro foi veiculada na noite dessa sexta-feira (27/06), pela CNN Brasil.
“A defesa de Fabrício Queiroz esclarece que a notícia sobre celebração de colaboração premiada não corresponde à verdade. O escritório encarregado da defesa não atua – e jamais atuou – na celebração de acordos de colaboração premiada”, diz a nota da defesa de Queiroz.
Segundo a CNN, o acordo teria como objetivo proteger a família do ex-assessor de um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e pleitear uma prisão domiciliar.
Ainda de acordo com a emissora, Queiroz estaria temendo que a esposa Márcia, que está foragida, e filhas do casal acabassem respondendo pelos crimes apontados pelo MP, como peculato e lavagem de dinheiro, além de participação em organização criminosa.
Prisão de Queiroz
Fabrício Queiroz foi preso há pouco mais de uma semana, após a Justiça do Rio de Janeiro ter expedido, além do mandado de prisão, mandados de busca e apreensão, em um desdobramento da investigação que apura suposto esquema conhecido por “rachadinha” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
No esquema, funcionários, do então deputado estadual Flávio, devolviam parte do salário para que o dinheiro fosse lavado por meio de uma loja de chocolate e investimento em imóveis.
Queiroz estava em Atibaia (SP), na região do Vale do Paraíba, em um imóvel do advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef. Ele está preso em Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó, localizado na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Inicialmente, Wassef negou estar escondendo Queiroz. No entanto, em entrevista à revista Veja nesta semana, o advogado admitiu que mentiu e disse que escondeu o ex-assessor porque o mesmo estaria jurado de morte.