Declaração do prefeito do Rio sobre incêndio no museu causa indignação
Internautas reagiram à nota oficial de Marcelo Crivella. Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, também foi criticado após manifestação
atualizado
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A nota oficial emitida pelo prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, ainda na madrugada desta segunda-feira (3/9), sobre o incêndio no Museu Nacional, vem repercutindo mal, principalmente nas redes sociais. As informações são da página do jornal Extra na internet.
Em sua fala, Crivella menciona um projeto de reconstrução do palácio e recomposição de cada “detalhe” e “pintura” e “foto”. No texto, o prefeito ainda menciona a “lembrança da família imperial”, sem citar o acervo de mais de 20 milhões de itens, que contava com um meteorito de 5 toneladas, o primeiro dinossauro montado no Brasil e Luzia, o mais antigo fóssil humano já encontrado no país.
Na página oficial do prefeito, internautas questionaram a impossibilidade de “reconstrução” de materias únicos na História de várias civilizações. “Não se reconstrói informação paleontológica de fósseis, prefeito”, indagou um; “Crivella, por mais que faça a restauração, as coleções eram únicas. Essas nunca mais teremos”, lamentou outro; “Reconstruir o acervo do museu. Só mesmo uma pessoa que não tem a menor idéia do que se trata para falar um asneira dessa. Não tem o que dizer fique calado”, revoltou-se um terceiro.
Pelo Twitter, o deputado federal e presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM/RJ), também mencionou a reconstrução do palácio, sem citar a tragédia que se configura com a perda do acervo: “Vou batalhar para trazer recursos do orçamento federal e procurar grandes empresas para a reconstrução imediata deste museu, um patrimônio histórico de todos os brasileiros”.
Seguidores do parlamentar rebateram a fala de Maia. “Como se reconstrói 200 milhões de itens históricos?”, questionou um; “Só se você montar uma máquina do tempo. Você e os senadores do Rio de Janeiro têm as cinzas do Museu Nacional nas mãos”, disparou outro; “Você tá ligado que perdemos cerca de 20 milhões de obras? A questão não é o prédio, mas o que tinha dentro”, ponderou um terceiro.