“Debate normal”, diz Eduardo Bolsonaro sobre sugerir novo AI-5
Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados arquivou requerimento contra o filho do presidente Jair Bolsonaro
atualizado
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Ao se defender no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, por ameaçar, em outubro de 2019, um novo AI-5, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) disse se tratar de um “debate normal”. O requerimento foi apresentado pelo partido Rede Sustentabilidade e arquivado pelo colegiado.
O filho zero três do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, em entrevista à jornalista Leda Nagle, que, se a esquerda se “radicalizar”, será necessário ter uma resposta. “E a resposta pode ser via um novo AI-5, via uma legislação aprovada mediante um plebiscito, como ocorreu na Itália. Alguma resposta vai ter que ser dada”, assinalou.
Na manhã desta quinta-feira (8/4), Eduardo Bolsonaro disse, no entanto, que as falas não configuram, “de maneira nenhuma”, quebra de decoro parlamentar. “Foi durante uma entrevista, um debate normal, onde se falava sobre conjecturas futuras”, explicou o deputado.
O congressista afirmou também estar sendo vítima de calúnia, ao justificar que deputados, durante uma sessão, falaram e repetiram que ele defendeu o fechamento do Congresso. Em vídeo, Eduardo já disse: “Se quiser fechar o STF, sabe o que você faz? Não manda nem um jipe. Manda um soldado e um cabo. Não é querer desmerecer o soldado e o cabo”.
“Mentira!”, disparou o herdeiro do mandatário do país, sobre ter defendido o fechamento do Congresso.
“Esses mesmos que me acusam de ter conduta ditatorial, ou o próprio presidente Jair Bolsonaro — que nunca matou uma pessoa em sua vida —, esses mesmos que o acusam de ser genocida fazem apologia à revolução bolchevique, celebram mais de 200 anos do nascimento de Karl Marx e de tantas outras figuras, como o [Carlos] Marighella”, frisou.