De volta ao Brasil, bolsonarista acusa vice do PTB de irregularidades com dinheiro do partido
Depois de ter o mandado de prisão revogado por Moraes, Oswaldo Eustáquio deixou a Cidade do México e chegou ao Brasil nesta quinta-feira
atualizado
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O blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio acusou a vice-presidente do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Graciela Nienov, de cometer irregularidades com o dinheiro da sigla.
O apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deixou a Cidade do México e chegou ao Brasil nesta quinta-feira (7/10). Ele acusa Graciela de abuso de poder econômico.
“Desde que Nienov assumiu a vice-presidência do partido, aumentou seu próprio salário para um valor acima dos rendimentos do presidente da República, com salário de R$ 33.800 por mês, mais pagamento de um flat em Brasília, mais o pagamento do condomínio, mais notas mensais de lanches no hotel de R$ 1.200 por mês, conta de celular paga pelo partido, passagens aéreas e notas de restaurantes de luxo, táxi, que ultrapassam o valor de R$ 50 mil por mês”, acusa o blogueiro, em nota.
Eustáquio questiona ainda a realização de eventos no núcleo do PTB Mulher. Dois contratos de R$ 122 mil são alvos de acusação do blogueiro.
A ofensiva ocorre após a secretaria jurídica do PTB anunciar, na noite de quarta-feira (6/10), a expulsão da ex-deputada Cristiane Brasil, filha do presidente nacional da sigla, Roberto Jefferson, de Eustáquio e do pastor Fadi Faraj.
Bolsonaro afastado
Oswaldo Eustáquio afirma que todo esse imbróglio afasta Bolsonaro da agremiação. “O partido não está pronto para receber um presidente da República honesto, que não rouba e não deixa roubar, em seus quadros”, conclui.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a prisão de Eustáquio em 7 de setembro. O pedido, que foi revogado, ocorreu após o bolsonarista realizar uma live com o caminhoneiro Zé Trovão, que estava foragido.
Roberto Jefferson, cacique do PTB, foi preso depois de divulgar vídeos com ameaças aos integrantes do STF.
“Supersalários”
Segundo Eustáquio, o PTB paga a funcionários remunerações que ultrapassam o teto constitucional, o que seria conhecido internamente como “supersalários do PTB”. “Seis pessoas no partido recebem valores maiores do que o presidente da República”, denuncia.
Ele emenda. “Vale lembrar que as contas do partido não são aprovadas desde 2016 e uma ação no STF avalia afastar o presidente nacional do partido por essas incoerências financeiras realizadas por quem o cerca”, salienta.