Davati diz que só tem um representante no Brasil – e não é Dominguetti
Empresa alegou, em comunicado, que o único representante brasileiro é Cristiano Alberto Carvalho
atualizado
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A Davati Medical Supply informou, em nota, que o único representante credenciado da empresa no Brasil para facilitar a oferta de vacinas contra a Covid-19 é Cristiano Alberto Carvalho. Foi ele quem teria autorizado, no entanto, o policial militar Luiz Paulo Dominguetti Pereira (foto em destaque) a também atuar em nome da empresa.
Dominguetti denunciou ao jornal Folha de S. Paulo e à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 ter recebido pedido de propina de US$ 1 por dose em troca de fechar contrato com o Ministério da Saúde.
Segundo a Davati, Cristiano esteve no Ministério da Saúde para tratar sobre a possível negociação no fornecimento de doses da vacina detidas por allocation holder do laboratório AstraZeneca. “As tratativas não evoluíram, visto que a empresa não recebeu retorno do governo brasileiro com formalização do interesse, seguindo os passos descritos na FCO”, destacou, em comunicado.
“A Davati jamais participou de qualquer negociação ilícita”, prosseguiu Herman Cardenas, CEO da companhia, no comunicado de sexta-feira (2/7).
A Davati esclareceu que, até a divulgação pública dos fatos, não tinha conhecimento de que integrantes do governo teriam solicitado vantagem indevida para a aquisição das vacinas. “Caso tivesse conhecimento, destaca-se, jamais anuiria com qualquer prática indevida.”
A empresa apresentou ao Ministério da Saúde, em fevereiro, oferta para intermediar a compra de até 400 milhões de doses de vacina.
“Quanto à capacidade da empresa em cumprir com a proposta, a FCO enviada formalmente ao Ministério da Saúde continha todas as informações, passo a passo, sobre como se daria a intermediação e entrega das vacinas em questão, ficando claro que a Davati atuava como uma facilitadora. Qualquer pagamento se daria tão somente após a entrega das vacinas”, destaca Cardenas.
A Davati Medical Supply reforça que não é representante do laboratório AstraZeneca e jamais se apresentou como tal. Em nenhum momento a Davati alterou a oferta, com relação ao valor ou formato da negociação”, complementou a empresa.