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Datafolha: 44% dos brasileiros temem que o país vire comunista em 2022

A opinião é principalmente daqueles que planejam votar no presidente Jair Bolsonaro (PL) no ano que vem

atualizado

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Raimundo Sampaio/Esp. Metrópoles
Fotografia colorida da fachada do Palácio do Planalto
1 de 1 Fotografia colorida da fachada do Palácio do Planalto - Foto: Raimundo Sampaio/Esp. Metrópoles

A pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (25/12) revelou que 44% dos entrevistados temem que o Brasil vire um país comunista nas próximas eleições, em 2022. Já os que são contra essa afirmação, representam 50%.

As entrevistas foram feitas com 3.666 com pessoas de 16 anos ou mais em 191 municípios de todo o país, entre os dias 13 e 16 de dezembro de 2021. A margem de erro foi de dois pontos percentuais para mais ou para menos

A opinião de que um futuro comunista preocupa a cabeça, principalmente, daqueles que planejam votar no presidente Jair Bolsonaro (PL) no ano que vem, que são 61% dos ouvidos. O temor, se dá graças ao principal nome para a disputa com o atual mandatário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

LGBTQIA+ em comerciais

A pesquisa também demonstrou que a maioria dos entrevistas também se assumem homofóbicos ao repudiar a presença de casais gays em comerciais de televisão. Cerca de 51% disseram concordar totalmente ou em parte que “comerciais com casais homossexuais devem ser proibidos para proteger as crianças”.

Os que discordaram da frase totalmente ou em parte, foram 45% dos entrevistados, e 2% declaram não saber. Os homens foram 55% dos concordantes, seguidos pelos menos escolarizados, 57%. As mulheres representaram 48% e quanto aos que tinham ensino superior completo, foram 39%.

Dos evangélicos, 67% foram favoráveis a afirmação, enquanto 50% dos católicos e 40% dos espíritas. Dos que se autodeclararam eleitores do Bolsonaro,  3 em cada 4 concordaram.

Bolsonaro, por sua vez, foi um dos que sempre endossaram a afirmação. Em sua campanha eleitoral, o atual chefe do Exeucutivo federal chegou a dizer que “Seria incapaz de amar um filho homossexual”. “Não vou dar uma de hipócrita aqui. Prefiro que um filho meu morra num acidente do que apareça com um bigodudo por aí”, disse, na ocasião.

Racismo e “orgulho branco”

Cerca de 58% dos entrevistados disseram discordar totalmente ou em parte da afirmação de que “assim como existe o Dia do Orgulho Negro, deveria haver a comemoração do dia do orgulho branco”.

“Mesmo que eu considere errado, as pessoas devem ter o direito de ter opiniões racistas”, foi a outra afirmação utilizada pelo Datafolha para discutir o tema racial. Quase 8 em cada 10 disseram discordar da afirmação, 79%. Pretos e pardos concordaram em 20%, cada, enquanto os brancos, 21%.

Os que se declararam a favor de Bolsonaro, 26% concordam que racismo é “opinião”. O índice entre os que reprovam a gestão, representou 17%.

Em 2011, Bolsonaro deixou claro o que pensa sobre o tema. Em entrevista ao programa CQC, em 2011, quando foi questionado pela Preta Gil qual seria a reação caso um filho se apaixonasse por uma negra, ele disse:”Não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Não corro esse risco porque meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambientes como lamentavelmente é o teu”.

Sexismo

Sobre a afirmação de que “homens são melhores que as mulheres em profissões que exigem força”, quase metade dos entrevistados foram favoráveis. Cerca de 47% disseram concordar, enquanto 52%, discordaram.  Maioria dos concordantes foram os homens, com 54%, e apoiadores do governo Bolsonaro, representando 58%.

Já sobre os “homens serem melhores que as mulheres em profissões que exigem raciocínio”, 85% refutaram a afirmação, 70% refutaram totalmente e 15% refutaram em parte.

Amplamente conhecidas pela população, as frases do presidente Jair Bolsonaro sobre as mulheres – tidas por ele como “fraquejadas”, o tema também são polêmicas.

Em 2016, por exemplo, ele disse que se tivesse uma empresa, “Não empregaria [homens e mulheres] com o mesmo salário. Mas existia, segundo ele, “muita mulher” que é competente.

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