Damares: “Se o STF é igualitário, por que não um ministro evangélico?”
Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos avalia como “natural” que próxima vaga na Corte tenha a religião como um dos critérios
atualizado
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A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, afirmou nesta segunda-feira, 15, que seria natural a indicação de um evangélico para o Supremo Tribunal Federal (STF) por parte do presidente Jair Bolsonaro e que isso não se daria pelo aspecto religioso, e sim pela capacidade.
“Se a Suprema Corte é igualitária, representa todos os interesses, e nós nunca tivemos um ministro evangélico, por que não ter um ministro evangélico na Suprema Corte? E eu vou dizer uma coisa. É tão natural isso, tão óbvio. Os candidatos que estou vendo aí, alguns são cristãos, são evangélicos. Então vejo isso com muita naturalidade”, disse Damares, durante um evento nos Estados Unidos com a comunidade evangélica.
O comentário veio horas depois de Jair Bolsonaro afirmar no Brasil que o atual ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), André Luiz Mendonça, é “terrivelmente evangélico”. O presidente já havia dito semana passada que vai indicar alguém com estas características para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal.
“Ele (Bolsonaro) não vai escolher ninguém que seja evangélico, ele vai escolher por capacidade. Mas se tiver três evangélicos ele vai nomear um dos três, como no passado tiveram candidatos evangélicos que não foram nomeados”, complementou Damares Alves, sem citar nomes.