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Dallagnol pede que PF investigue doações de juiz da Lava Jato a Lula

Deputado Deltan Dallagnol diz que Eduardo Appio teria realizado doação de R$ 13 ao então candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva

atualizado

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1 de 1 Deltan Dallagnol em aeroporto -metrópoles - Foto: Andre Borges/Esp. Metrópoles

O deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) encaminhou uma notícia-crime à Polícia Federal solicitando abertura de inquérito para apurar doações eleitorais feitas pelo novo juiz da Lava Jato, Eduardo Appio, ao então candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e à deputada Ana Júlia Pires (PT), no último ano.

Segundo Dallagnol, Appio realizou duas doações: uma de R$ 13 para a campanha de Lula e outra de R$ 40 para a campanha da deputada estadual. Ele afirma que após a divulgação das doações, o juiz federal veio a público e negou ter realizado doações a qualquer candidato.

O deputado cita, na peça, negativas do magistrado sobre os questionamentos envolvendo as supostas doações. “Em todos os demais veículos de comunicação a que prestou esclarecimentos, o juiz federal manteve a negativa veemente de que tivesse feito qualquer doação, tendo indicado, ainda, que buscaria informações sobre o ocorrido junto ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná ou ao Tribunal Superior Eleitoral”.

Dallagnol vê “possível prática criminosa”, constituindo prova de doação eleitoral fraudulenta realizada em nome de terceiros, sem o consentimento do juiz, “a revelar  um possível esquema de utilização de interpostas pessoas (laranjas) para financiamento coletivo de campanhas eleitorais em benefício de candidatos do PT”.

“Além do mais, se constatada a existência de esquema ilícito de financiamento coletivo de campanhas eleitorais via ‘laranjas’, afigura-se necessário investigar também a origem dos valores utilizados para os repasses eleitorais, diante da possibilidade de que tenham origem ilícita e estejam sendo ‘lavados’ por meio das doações, a configurar, potencialmente, o crime de lavagem de dinheiro”, explica.

Ainda de acordo com o deputado, há indícios de crime de falsidade ideológica, caso o juiz não tenha de fato realizado as doações. “A suposta doação pode ser usada para lançar dúvidas sobre a imparcialidade da atuação do juiz e da própria Justiça Federal”.

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