Dallagnol defende Lava Jato e vê “provas robustas” contra Lula
Foi a primeira manifestação do coordenador da operação desde o vazamento de conversas entre ele e o ministro da Justiça, Sergio Moro
atualizado
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O coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba (PR), Deltan Dallagnol, divulgou nesta segunda-feira (10/06/2019) um vídeo em que tenta esclarecer as acusações contra ele e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e defender o trabalho da força-tarefa. Segundo ele, a avaliação de que “a investigação foi direcionada” não passa de “teoria da conspiração”.
“Tentar imaginar que a Lava Jato é uma operação partidária é uma teoria da conspiração que não tem base nenhuma. Vejam que 15 procuradores atuam na Lava Jato só em primeira instância em Curitiba. […] Grande parte dessa equipe foi formada antes de aparecer o primeiro político, quando não se tinha ideia de onde a Lava Jato iria chegar”, justificou o coordenador da operação.
No vídeo, publicado na plataforma YouTube, o coordenador sustenta ainda que a Operação Lava Jato é imparcial e que as provas que embasaram a denúncia contra o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no caso triplex do Guarujá (SP) são robustas.
Confira o vídeo na íntegra:
Essa foi a primeira manifestação de Dallagnol desde o vazamento de conversas entre ele e o atual ministro da Justiça e Segurança Pública. A divulgação foi feita pelo site The Intercept, que afirma ter áudios, documentos judiciais e outros.
O procurador disse que a operação sofreu um “ataque gravíssimo” com a invasão de celular de agentes envolvidos na operação. “Nosso receio é que a atividade criminosa avance agora para falsear e deturpar fatos nesse imenso ataque contra a Operação Lava Jato”, declarou.
Para finalizar, Dallagnol garantiu que a Lava Jato é contra a corrupção, independentemente de partido político.
“Vamos continuar dispostos e disponíveis para prestar esclarecimentos sobre fatos e sobre procedimentos da nossa responsabilidade a fim de manter a confiança da sociedade plena na nossa legitimidade de atuação e na legalidade e licitude da nossa atuação”, disse. Ele ainda disse que a força-tarefa deve “aperfeiçoar” as atividades com as críticas recebidas da sociedade.