CUT faz ato contra Bolsonaro e protocola pedido de impeachment na Câmara
Grupo instalou cruzes no gramado em memória aos mais de 70 mil mortos pela Covid-19 no Brasil. Eles criticam o comportamento do presidente
atualizado
Compartilhar notícia
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras sem Terra (MST), a União Nacional dos Estudantes (UNE) e movimentos sociais protocolaram na Câmara dos Deputados um novo pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Nesta quarta-feira (14/7), as entidades organizaram uma manifestação simbólica em frente ao Congresso Nacional. O grupo instalou cruzes no gramado em memória aos mais de 70 mil mortos em decorrência do novo coronavírus no Brasil (veja galeria abaixo).
Eles ancoram o pedido de afastamento do presidente “no comportamento e as ações de Bolsonaro, que desprezou a gravidade da pandemia” de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.
O grupo afirma que o presidente ignorou recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para conter a disseminação da doença, como usar máscaras e cumprir o isolamento social.
“Logo nós vamos bater a marca dos cem mil mortos por Covid-19, mortes que poderiam ter sido evitadas, não fosse a irresponsabilidade dele e de seus ministros”, critica o presidente da CUT, Sérgio Nobre.
O pedido de impeachment marca o início de uma campanha para que os trabalhadores e a população em geral peçam o afastamento de Bolsonaro. Desde a última sexta-feira (10/7), atos e panelaços em todo o país foram organizados, segundo a CUT. Na Câmara, já são 45 pedidos de impeachment protocolados contra Bolsonaro.
“E esse é o nosso papel. Nós vamos mobilizar o povo, trabalhar junto ás bases, fazer disso nossa principal bandeira e fazer a classe trabalhadora e a população em geral entender porque Bolsonaro tem de ser afastado do cargo”, conclui o sindicalista.
Mais de 40 entidades assinam o pedido de impeachment, que lista os diversos crimes de responsabilidade cometidos desde o início da gestão Bolsonaro. Esses crimes, dizem as lideranças no texto, têm ocasionado graves violações aos direitos humanos e ameaçam as vidas de milhões de brasileiros.
O documento foi assinado por personalidades como o cantor Chico Buarque, a jurista Deborah Duprat, o ex-jogador de futebol Walter Casagrande, o humorista Gregorio Duvivier, entre outros.