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Custo da viagem presidencial ao Oriente Médio foi de R$ 3,6 milhões

Segundo o Itamaraty, 28 pessoas integraram a comitiva. Outras 24 viajaram em aviões da Força Aérea Brasileira, como o presidente Bolsonaro

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Isac Nóbrega/PR
Presidente Jair Bolsonaro (PL) e primeira-dama Michelle Bolsonaro desembarcam no Aeroporto Internacional de Doha, no Catar
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro (PL) e primeira-dama Michelle Bolsonaro desembarcam no Aeroporto Internacional de Doha, no Catar - Foto: Isac Nóbrega/PR

O “giro comercial” do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Oriente Médio custou mais de R$ 3,6 milhões aos cofres públicos brasileiros. A viagem ocorreu entre os dias 12 e 18 de novembro deste ano. Os números foram fornecidos pelo Ministério das Relações Exteriores ao Metrópoles, por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).

O chefe do Executivo federal visitou três nações: Emirados Árabes, Bahrein e Catar. De acordo com o Itamaraty, o objetivo da viagem foi fortalecer as relações do Brasil com países da região do Golfo Pérsico, grandes produtores de petróleo que possuem fundos soberanos de investimentos (relembre a viagem mais abaixo).

Do montante gasto, R$ 1,9 milhão foi destinado às diárias para alimentação e hospedagem e outros R$ 373 mil em passagens para bancar a ida do presidente ao continente asiático, de seguranças do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), de assessores pessoais de Bolsonaro, além da comitiva de ministros e uma equipe de suporte, como intérpretes e auxiliares locais. 

Veja o total dos gastos, divididos por categoria, abaixo: 

Segundo o Itamaraty, 28 pessoas integraram a comitiva presidencial, sendo 18 ligados à Presidência, como ministros, secretários e assessores pessoais de Bolsonaro, e 10 ao Itamaraty. Os gastos da comitiva com diárias somaram R$ 268,3 mil. Já as despesas com passagens foram de R$ 155,2 mil.

Outras 24 pessoas viajaram em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) e somaram R$ 280,1 mil em diárias com alimentação e hospedagem.

Outros gastos com viagens

Em termos de comparação, durante um ano de pandemia (março de 2020 e março de 2021), o Planalto desembolsou R$ 18,5 milhões em viagens de Bolsonaro com cartão corporativo. Ou seja, a visita comercial e diplomática ao Oriente Médio representou 19,4% dos gastos com traslados em um ano.

Já em 2019, primeiro ano da atual gestão, a Presidência da República gastou R$ 8 milhões, de acordo com dados obtidos pelo jornal O Estado de S. Paulo via LAI. Foram pagamentos de passagens aéreas, hospedagem, transporte e alimentação. São viagens pagas em iniciativas oficiais do Planalto, representado por servidores, outras autoridades ou o próprio Bolsonaro.

Naquele ano, o presidente também fez uma visita que incluiu Japão, China, Emirados Árabes Unidos, Catar e Arábia Saudita. Foram 19 dias com uma despesa total de R$ 1 milhão.

Emirados Árabes

Bolsonaro desembarcou em Dubai, capital de Abu Dhabi, em 13 de novembro, e ficou na região até a manhã do dia 16 do mesmo mês.

Além dos gastos com diárias e passagens, o governo brasileiro desembolsou R$ 1,1 milhão na região. As despesas estão distribuídas da seguinte forma:

  • R$ 879,9 mil em aluguéis de carros;
  • R$ 242,5 mil em salas de escritórios para a equipe de apoio presidencial que prepara eventos;
  • R$ 15,6 mil na contratação de intérpretes;
  • R$ 6,8 mil para a compra de material de escritório; e
  • R$ 2,7 mil na compra de uma trituradora.

Durante agenda nos Emirados Árabes, o presidente Jair Bolsonaro se reuniu com autoridades locais e participou da Expo 2020, exposição mundial realizada periodicamente há mais de um século. Cada edição ocorre numa cidade diferente.

O chefe do Executivo federal ainda participou de uma feira de aviação e de um fórum de investimentos. Nesse último, diante de empresários e autoridades árabes, distorceu dados sobre a Amazônia e disse que a floresta não pega fogo, pois é úmida

O presidente ainda deu algumas declarações à imprensa. Em uma delas, afirmou que agora questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) “começam a ter a cara do governo”.

Bahrein

No segundo destino da viagem presidencial, o chefe do Executivo brasileiro ficou em Manama, capital do Bahrein, apenas por um dia. Além dos custos com passagens aéreas e hospedagens, foram gastos R$ 115,5 mil, distribuídos conforme abaixo:

  • R$ 3,7 mil para materiais para escritório;
  • R$ 43,9 mil para aluguel de salas de apoio;
  • R$ 68 mil para o aluguel de veículos; e
  • R$ 80,1 mil para o pagamento de diárias de auxiliares locais.

Além de se reunir com autoridades locais, Bolsonaro inaugurou a embaixada do Brasil no Bahrein. 

Catar

Em Doha, capital do Catar, o presidente fechou o giro comercial da viagem. Chegou à região em 17 de novembro e retornou ao Brasil na manhã do dia seguinte.

Durante a estadia, também foram desembolsados R$ 54,2 mil com as seguintes despesas: 

  • R$ 1,7 mil com material para escritório;
  • R$ 1,5 mil no aluguel de uma trituradora; e
  • R$ 51,1 mil com serviços de interpretação.

Na capital Manama, o presidente se encontrou com autoridades do Catar. Participou de uma motociata e ainda visitou o estádio Lusail. O Catar vai sediar a Copa do Mundo de 2022.

“Dez, 15 motociclistas. Eu agradeço ao sheik pela gentileza. Ele descobriu que eu gosto de andar de moto”, disse o presidente.

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