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Cunha vai ficar cara a cara com seu delator, Lúcio Funaro

O deputado cassado voltará a Brasília quase um ano após ser preso e condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro

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Eduardo Cunha foi presidente da Câmara entre 2015 e 2016.
1 de 1 Eduardo Cunha foi presidente da Câmara entre 2015 e 2016. - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Quase um ano após ser preso, em outubro de 2016, condenado a 15 anos e quatro meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) retorna nesta sexta-feira (15/9) a Brasília. Desta vez, não há resquício do poder e do prestígio que o rodeava: ele terá uma série de compromissos com a Polícia Federal e a Justiça, onde vai ficar cara a cara com seu delator, o corretor Lúcio Funaro.

Cunha será transferido de Curitiba (PR), base da Operação Lava Jato, onde está preso, para a capital federal em voo da PF, o mesmo que está trazendo para São Paulo o empresário Joesley Batista, da JBS. O executivo da companhia teve custódia preventiva decretada pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Na volta a Brasília, o avião da PF vai fazer uma escala em Curitiba e buscar Cunha. Inicialmente, estava previsto que o ex-parlamentar chegaria à capital federal na segunda-feira (18). A antecipação do retorno de Cunha para esta sexta facilita os procedimentos e a logística da PF.

O deputado cassado ficará em uma cela da Superintendência Regional da PF em Brasília durante alguns dias, período em que será interrogado na 10ª Vara Criminal Federal. A oitiva ocorrerá no processo em que ele é réu também por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em operações fraudulentas no Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS) da Caixa Econômica Federal.

Além de Cunha, são réus nesta ação Lúcio Funaro — apontado como operador financeiro do PMDB —, seu ex-sócio Alexandre Margoto e o ex-vice-presidente de Fundos e Loterias da Caixa Fábio Cleto.

Na PF em Brasília, o ex-deputado vai ficar à disposição das autoridades para depoimentos em investigações diversas.

Suas obrigações para com a Justiça têm início na próxima segunda, quando ele será interrogado na 10ª Vara Federal, sob titularidade do juiz Vallisney Oliveira. Neste processo, Cunha é réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro desviados de operações do FI-FGTS.

Como Lúcio Funaro também é acusado nessa ação, ambos vão se reencontrar.

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