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Cunha: Resultado na Comissão do Impeachment não tem nenhuma surpresa

O parecer favorável ao impedimento da presidente Dilma Rousseff foi aprovado por volta das 20h30 desta segunda-feira por 38 votos a 27

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Marcelo Camargo/Agência Brasil
Presidente da Câmara, Eduardo Cunha, fala à imprensa
1 de 1 Presidente da Câmara, Eduardo Cunha, fala à imprensa - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), avaliou que o resultado da votação do parecer pró-impeachment na Comissão Especial na segunda-feira (11/4) não representa “nenhuma surpresa” para ele.

Cunha também confirmou que o documento começará a ser discutido no plenário da Casa na próxima sexta-feira (15). A ideia é que as discussões durem até sábado (16), para que a sessão de domingo (17) já comece diretamente com a votação de fato.

Resultado não tem que achar nada, resultado é resultado. Pelo que vocês falavam na imprensa era (esperado). Não tem nenhuma surpresa até agora

Eduardo Cunha

O parecer favorável ao impedimento da presidente Dilma Rousseff foi aprovado por volta das 20h30 desta segunda-feira por 38 votos a 27. Não houve nenhuma abstenção. Dez partidos votaram a favor do parecer de Jovair e 10, contra. Outros quatro siglas liberaram o voto da bancada.

Procedimentos
O presidente da Câmara explicou que o parecer será lido na sessão plenária desta terça-feira (12), a partir das 14 horas, o que deve tomar toda a sessão. A partir de então, o documento será publicado no Diário Oficial da Câmara na quarta-feira (13), e votação começará na sexta-feira.

Cunha explicou que, no início da discussão, abrirá espaço para que os juristas que elaboraram o pedido de impeachment (Hélio Bicudo, Miguel Reale e Janaína Paschoal) e a defesa de Dilma falem no plenário. Só depois começará a fala dos parlamentares.

O peemedebista disse que passou todo o dia de hoje “formatando” os procedimentos da votação, que serão repassados para líderes partidários durante reunião marcada para esta quarta-feira. “Vamos cumprir rigorosamente a lei”, disse.

Ele afirmou que dará até um hora para que até cinco representantes de cada partido falem – diferente do que ocorreu no processo de impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Melo, quando houve acordo para reduzir o número de falas.

Ausentes
Cunha confirmou que a ausência dos deputados será ressaltada por ele em plenário e que os ausentes serão chamados uma segunda vez. “Cada um arcará com o ônus político de estar ausente”, afirmou, prevendo, contudo, que “quase a totalidade” dos deputados comparecerão.

O peemedebista voltou a dizer que fará a chamada dos deputados por Estado de acordo com o regimento. Nos bastidores, fala-se que o peemedebista chamará primeiros os Estados que votam a favor do impeachment, para tentar influenciar a decisão dos outros que tendem a votar contra.

Cunha ainda rebateu a tese de governistas de que ele deveria seguir o modelo adotado na votação do impeachment de Collor. Segundo ele, naquela época, não havia previsão regimental de chamada, que só foi estabelecida dois meses após a votação.

“Essa historia de criar confusão sobre a ordem de chamada é porque talvez esteja com dificuldade de voto, ai consequentemente quer disfarçar para criar uma celeuma qualquer. Então, vai ser aquilo que regimento prevê interpretado forma correta”, disse.

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