Cunha finaliza delação que atinge Temer e “núcleo duro”, diz colunista
Colaboração do deputado cassado deve afetar também os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco, além do senador Romero Jucá
atualizado
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O acordo de delação premiada do ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) com a Operação Lava Jato está próximo de ser concretizado. O peemedebista, que está preso em Curitiba (PR) desde o ano passado, conclui textos com informações que devem envolver o presidente Michel Temer (PMDB), os ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral) e Eliseu Padilha (Casa Civil), além do senador Romero Jucá (PMDB-RR).
Segundo informações da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, Cunha já rascunhou mais de 100 anexos para a colaboração.
Procuradores da força-tarefa têm dialogado com a defesa do peemedebista e seguem de perto cada passo que ele dá rumo a um acordo. A expectativa é de que Cunha entregue já na próxima semana os documentos nos quais confessa e delata crimes.Núcleo duro
O deputado cassado fazia parte do chamado “núcleo duro” do PMDB, composto por Temer, Jucá e os dois ministros. O grupo liderou o movimento que culminou no impeachment de Dilma Rousseff (PT) na Presidência, ano passado.
Cunha teria integrado não somente as principais negociações políticas, mas esquemas de arrecadação de caixa 2 para campanhas eleitorais do grupo e recebimento de propinas.
O ex-parlamentar segue o mesmo caminho de seu operador financeiro Lúcio Bolonha Funaro, que foi transferido nesta quarta-feira (5/7) para a carceragem da Polícia Federal em Brasília para facilitar as conversas com seus advogados e finalizar sua delação.
O advogado de Cunha, Diego Lins e Silva, negou à colunista que seu cliente negocie acordo de delação premiada.