Cultura: Regina Duarte diz que uma “facção” quer tomar seu lugar
Atriz afirmou que seus primeiros dias na Secretaria da Cultura foram para desfazer “intrigas e fake news” e lidar com ativismo político
atualizado
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Recém-empossada como presidente da Secretaria Especial da Cultura, ligada ao Ministério do Turismo, a atriz Regina Duarte revelou, em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, que seus primeiros dias à frente do cargo foram para desfazer “intrigas e fake news” e lidar com ativismo político. “Há toda uma facção que quer ocupar esse lugar, que quer que eu me demita”, afirmou a atriz, reforçando que esse período foi de altos e baixos, com momentos em que se sentiu “muito viva” e outros “muitíssimo angustiantes”.
De acordo com ela, toda sua ocupação até o momento foi para apagar incêndios provocados pelas exonerações que ela realizou frente à pasta. “Exonerações são necessárias. Eu tenho que ter uma equipe na qual eu confie”, observou Regina, para dizer que aceitou o cargo por “patriotismo”.
Olavistas
Na semana passada, os ataques à atriz partiram principalmente do escritor Olavo de Carvalho, que foi às redes sociais para afirmar que ela não tem capacidade de exercer o cargo e pedir “perdão” ao presidente Jair Bolsonaro por ter apoiado a indicação dela.
Regina também promoveu demissões na pasta de pessoas declaradamente ligadas a Olavo. Nas redes sociais, a hashtag #foraRegina se tornou um dos assuntos mais comentados do Twitter.
A atriz foi chamada por internautas de comunista e que ela seria uma “traidora” num cargo de confiança.
Regina ainda afirmou que, na Secretaria, encontrou muitas pessoas fazendo ativismo, preparando-se para disputar as eleições. “Eu e minha equipe queremos fazer cultura”, reiterou.
Classe artística
A nova chefe da pasta fez um aceno à classe política ao dizer que seria pouco inteligente e um tiro no pé se os artistas não aproveitassem a porta que, segundo ela, está sendo aberta no governo Bolsonaro. Ela ainda pediu desculpas a alguns artistas que ele expôs nas redes sociais como seus apoiadores.
Fundação Palmares
A atriz ainda deu a entender que vai exonerar o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo. “Ele é muito mais ativista do que gestor público”, observou, para depois dizer que está adiando esse problema porque ainda é uma “discussão muito aquecida”.