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“Cristã fajuta”, diz coordenador de campanha de Bolsonaro sobre Marina

Gustavo Bebianno, presidente do PSL, ataca candidata da Rede na disputa por votos dos evangélicos

atualizado

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Hélvio Romero/Estadão
HR SÃO PAULO/SP 27/11/2017 – FÓRUM VEJA: AMARELAS AO VIVO POLITICA – Jornalistas e colunistas da Revista Veja
1 de 1 HR SÃO PAULO/SP 27/11/2017 – FÓRUM VEJA: AMARELAS AO VIVO POLITICA – Jornalistas e colunistas da Revista Veja - Foto: Hélvio Romero/Estadão

Na disputa por votos dos evangélicos, Jair Bolsonaro (PSL) segue a estratégia exposta no debate da Band de atrelar a candidata da Rede, Marina Silva, a uma agenda “não cristã”. O presidente do PSL e coordenador da campanha do deputado, Gustavo Bebianno, chamou a ex-ministra de “cristã fajuta”.

“Ele [Jair Bolsonaro] é um cristão verdadeiro, defendendo os verdadeiros cristãos. Ela [Marina] é uma cristã de araque”, disse o presidente do PSL. “Marina Silva falou que aborto e maconha precisam ser resolvidos via plebiscito. Não acho”, afirmou Bolsonaro, na mesma ocasião.

Além de Marina e Bolsonaro, outros presidenciáveis buscam se aproximarem dos evangélicos. Geraldo Alckmin (PSDB) e Henrique Meirelles (MDB), por exemplo, colocaram as igrejas em suas agendas já na largada da campanha. A receita é conhecida: os postulantes ao Planalto são recebidos por pastores no púlpito, discursam e distribuem brindes para os fiéis.

Na semana passada, Alckmin visitou a Igreja Mundial do Poder de Deus, do apóstolo Valdemiro Santiago, ao lado do candidato tucano ao governo de São Paulo, João Doria. Foram recebidos pelo deputado e candidato à reeleição José Olímpio (DEM-SP), ligado à igreja. “Agora, o líder maior abençoou, Deus lá em cima e o apóstolo aqui”, disse Olímpio.

Potencial
Em outra Assembleia de Deus, a do Ministério Belém, o pastor José Wellington Bezerra da Costa recebeu Meirelles, em julho, para um culto. Na ocasião, o líder religioso disse que o emedebista tem “potencial” para ser o próximo presidente.

Com a Bíblia na mão, o presidenciável subiu ao púlpito ao lado do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Ronaldo Fonseca, membro da igreja. Ao falar para os fiéis, Fonseca leu dois textos da Bíblia em que há orientações sobre orar pela cidade e pelas autoridades. “Como líderes, nós temos obrigação de orientar e dizer quem são os candidatos que entendemos ser o melhor para o Brasil”, disse o ministro. Ele acrescentou não ter costume de falar sobre política no púlpito.

Meirelles discursou por 10 minutos. O postulante ao cargo máximo do Executivo disse ter os mesmos princípios morais dos evangélicos. Pediu oração por ele e pela economia do país. “Com os princípios certos, com a determinação trazida pela oração, pela fé, nós vamos construir o Brasil que todos sonhamos”, afirmou o emedebista.

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