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Crise no GSI: líder do governo convoca reunião de emergência na Câmara

Lideranças do governo Lula na Câmara dos Deputados se reúnem para discutir a possibilidade de demissão ou renúncia de Gonçalves Dias do GSI

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Imagem colorida do líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE)
1 de 1 Imagem colorida do líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE) - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Líder do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE) convocou uma reunião de emergência com a base governista na Casa, segundo apurou o Metrópoles. O encontro está previsto para o começo da noite desta quarta-feira (19/4) e foi convocado após a crise envolvendo o general Gonçalves Dias, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

A pauta, segundo interlocutores, será a possibilidade de demissão ou renúncia do ministro, como já defendido por parlamentares da base de Lula. De acordo com o colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, o presidente já foi aconselhado a demití-lo. Caso se confirme, será a primeira baixa do primeiro escalão do atual governo. A base também pode discutir a ofensiva contra assinaturas da CPMI do 8/1.

O presidente Lula, por sua vez, convocou ministros para uma reunião de emergência também nesta quarta, no Palácio do Planalto, segundo informou Igor Gadelha, do Metrópoles. O objetivo do encontro não poderia ser outro: a situação do ministro Gonçalves Dias.

Estiveram reunidos com Lula ao menos três ministros do governo. São eles: Rui Costa (Casa Civil), Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais).

A permanência de Gonçalves Dias no cargo passou a ser questionado após a CNN Brasil revelar, nesta quarta, imagens que mostram o general andando ao lado dos golpistas no dia da invasão ao Planalto, em 8 de janeiro.

Os militares, cuja missão seria zelar pela segurança das autoridades federais e do palácio em si, aparecem guiando os invasores para portas de saída, em clima ameno.

O general deveria ter comparecido nesta quarta à Comissão de Segurança Pública da Câmara sobre os atos de 8/1. O militar foi convidado e havia confirmado, por volta das 10h, sua presença. Após a divulgação das imagens, o general apresentou um atestado médico e não compareceu. A ausência irritou a oposição, que tenta associar ao governo Lula a suposta ação do GSI e, dessa forma, apresentou requerimento de convocação do general.

Sem condições

Representantes da base governista na comissão, o pastor Henrique Vieira (PSol-RJ) e Orlando Silva (PCdoB-SP) apoiaram a convocação. Silva defendeu o histórico de Gonçalves Dias enquanto militar, mas afirmou que ele não tem mais condições de permanecer no cargo de ministro do GSI e defendeu a sua saída.

A oposição aponta jogo da base do governo. Isso porque, caso Gonçalves deixe o cargo, como sugeriu Orlando Silva, ele não mais poderá ser convocado e não será obrigado a comparecer à Comissão, onde seria alvo de questionamentos da oposição do governo. Parlamentares bolsonaristas, em tempo, usam a crise para defender a CPMI dos atos terroristas, cuja instauração foi adiada nesta semana por Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado.

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