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Mourão sobre Chile: “Temos que cuidar de problemas sociais”

Para o vice, os governo precisam atender às necessidades dos mais vulneráveis ao mesmo tempo que buscam manter a disciplina fiscal

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Valter Campanato/Agência Brasil
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, fala à imprensa.
1 de 1 O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, fala à imprensa. - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou que a agitação política contra a gestão de Sebastián Piñera, no Chile, serve como lembrete para líderes latino-americanos. De acordo com o general brasileiro, os governo precisam atender às necessidades dos mais vulneráveis ao mesmo tempo que buscam manter a disciplina fiscal. 

“Não podemos ser apenas liberais e não podemos ser apenas estatistas; precisamos ir ao centro. Temos que tomar medidas para que a produtividade cresça, mas precisamos cuidar dos problemas sociais que todos os nossos países têm”, afirmou Mourão em entrevista à agência de notícias Bloomberg.

O Chile tem passado pela pior convulsão social desde a redemocratização, três décadas atrás, com o fim do regime ditatorial de Augusto Pinochet. Os protestos começaram contra o aumento da tarifa do metrô, mas se estendeu em uma angústia contra a desigualdade social. O país é referência econômica na América do Sul e participa da OCDE.

“À medida que a economia mundial evolui, qualquer centelha pode desencadear grandes protestos como os que o Brasil enfrentou há alguns anos”, destacou Mourão, em referência às manifestações contra a ex-presidente Dilma Roussef (PT), em 2013. A petista deixou o cargo três anos mais tarde após sofrer um impeachment. 

Mourão também relacionou os protestos com a agenda econômica do governo de Jair Bolsonaro (PSL), liderada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. No Brasil, as reformas previdenciária e tributária têm tido dificuldades para levantar uma economia ainda fraca. O PIB, por exemplo, cresceu timidamente neste ano. 

“Estamos encerrando um modelo de produção industrial em massa e entrando na economia do conhecimento em que alguns empregos desaparecem e outros surgem. Isso deixa as pessoas muito ansiosas, as pessoas temem isso, ficam com raiva porque o Estado não pode fornecer aquilo que devia”, completou.

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